ASTRONOMIA

Imagens inéditas sobre formação de planetas são divulgadas por estudo

Pesquisa analisou 86 estrelas em três diferentes regiões da galáxia que podem ter planetas em formação em volta delas

Imagens reúnem observações de 86 estrelas em três diferentes regiões da galáxia -  (crédito: ESO)
Imagens reúnem observações de 86 estrelas em três diferentes regiões da galáxia - (crédito: ESO)
postado em 05/03/2024 15:10

Uma série de estudos do Observatório Europeu do Sul (ESO, na sigla em inglês) apresentou um dos maiores levantamentos sobre como os planetas surgem. As imagens feitas no Chile por meio do Very Large Telescope (VLT) da ESO reúne observações de 86 estrelas em três diferentes regiões da galáxia que podem ter processos de formação planetária acontecendo em volta delas.

De acordo com os cientistas, as imagens captam a diversidade de discos de formação de planetas. “Outros mostram anéis e grandes cavidades escavadas pela formação de planetas, enquanto outros parecem suaves e quase adormecidos em meio a toda essa agitação de atividade ”, diz Antonio Garufi, astrônomo do Observatório Astrofísico de Arcetri, do Instituto Nacional Italiano de Astrofísica (INAF) e autor principal de um dos estudos publicados.

  • Disco de formação planetária MWC 758
    Disco de formação planetária MWC 758 ESO/A. Garufi et al.; R. Dong et
  • Discos de formação de planetas na nuvem Chamaeleon I
    Discos de formação de planetas na nuvem Chamaeleon I ESO/C. Ginski et al.; ESA/Hersch
  • Discos de formação planetária em Taurus
    Discos de formação planetária em Taurus ESO/A.Garufi et al.; IRAS
  • Imagens reúnem observações de 86 estrelas em três diferentes regiões da galáxia
    Imagens reúnem observações de 86 estrelas em três diferentes regiões da galáxia ESO
  • Formação de planetas na nuvem de Orion
    Formação de planetas na nuvem de Orion ESO/P.-G. Valegård et al.; IRAS

O estudo contou com a participação de pesquisadores de 10 países e captou imagens de estrelas nas regiões de Taurus e Chamaeleon I, a cerca de 600 anos-luz da Terra, e Orion, a cerca de 1.600 anos luz, conhecida por conter estrelas mais massivas que o sol. “ É quase poético que os processos que marcam o início da jornada rumo à formação dos planetas e, em última análise, da vida no nosso próprio Sistema Solar sejam tão bonitos ”, afirmou Per-Gunnar Valegård, doutorando da Universidade de Amsterdam e líder do estudo Orion.

A equipe pretende se aprofundar nas pesquisas sobre formação de planetas com o Extremely Large Telescope (ELT), equipamento do ESO que deve ainda deve ser lançado. As imagens captadas pelo dispositivo vão permitir que cientistas analisem as regiões mais internas dos anéis em volta de estrelas jovens, onde podem se formar planetas rochosos como a Terra.

Gostou da matéria? Escolha como acompanhar as principais notícias do Correio:
Ícone do whatsapp
Ícone do telegram

Dê a sua opinião! O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores pelo e-mail sredat.df@dabr.com.br

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação