EPIDEMIA

Dengue: Opas cobra ações coletivas no combate à doença na América

Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) emitiu alerta sobre um aumento nos casos de dengue em países americanos. Região já registrou mais de 3,5 milhões de casos

A doença transmitida pelo mosquito Aedes aegypti já afetou mais de  3,5 milhões de pessoas na região, até 26 de março deste ano. Dessas, de acordo com o órgão, mais de mil infectados morreram -  (crédito: EBC)
A doença transmitida pelo mosquito Aedes aegypti já afetou mais de 3,5 milhões de pessoas na região, até 26 de março deste ano. Dessas, de acordo com o órgão, mais de mil infectados morreram - (crédito: EBC)
postado em 28/03/2024 18:54

O combate à dengue nos países da América deve ser intensificado por meio de ações coletivas, defendeu a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), em comunicado emitido nesta quinta-feira (28/3). A doença transmitida pelo mosquito Aedes aegypti já afetou mais de  3,5 milhões de pessoas na região, até 26 de março deste ano. Dessas, de acordo com o órgão, mais de mil infectados morreram.

A abrangência da dengue, na avaliação do diretor da Opas, Jarbas Barbosa, representa "três vezes mais casos do que os notificados na mesma data em 2023, um ano recorde com mais de 4,5 milhões de casos relatados na região". Os países mais afetados pela doença, detalha a Opas, são Brasil (83%), o Paraguai (5,3%) e a Argentina (3,7%). Também são nessas nações que ocorreram 87% das mortes.

A Opas descreveu o quadro da dengue na América como possivelmente o pior surto da história até agora. No Brasil, o atual patamar de casos é um recorde de mais de 2,3 milhões de casos prováveis. Quanto à disseminação do mosquito Aedes aegypti, o diretor Jarbas Barbosa alertou para o fato de o vetor da dengue se espalhar para novas áreas geográficas. Isso, segundo ele, preocupa países não preparados para lidar com o combate à doença.

Vacinação

A vacinação contra a dengue — já iniciada no Brasil — foi pela Opas como medida efetiva para evitar casos graves e as mortes causadas pela doença. A Opas alertou, porém, não haver um plano de imunização em outros países das Américas porque o processo de controle da transmissão por meio da vacina é lento e a produção e distribuição do imunizante é limitada a Brasil e Argentina. 

 

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