
O cantor Seu Jorge abriu o coração no Fantástico sobre morte trágica do irmão e os anos em que viveu em situação de rua. Pela primeira vez, ele compartilhou publicamente o peso que carrega desde 1990, quando perdeu Vitório, vítima de um assassinato.
“Eu saía para trabalhar, por volta das 12h e meu irmão saía cerca de 10h30. Neste dia, estava tocando uma música do Fleetwood Mac no rádio e eu não queria ouvir a música. Fui mesquinho, briguei com ele por causa da música e fui para o trabalho. Quando eu voltei, ele estava morto. Essa é uma coisa que vou carregar para o resto da vida, e isso me marca”, revelou o artista, sem esconder a dor e a culpa que sente até hoje.
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Foram sete anos sobrevivendo sem teto, onde apenas a música parecia dar algum sentido. “Quando eu estava com meu violão eu despertava muita curiosidade, as pessoas queriam saber como fui parar ali. Na medida em que as pessoas me ouviam elas ficavam bastante surpresas, sem meu instrumento eu era invisível”, desabafou.
Ocantor ressaltou que só conseguiu transformar a dor em força graças ao apoio que recebeu. O mesmo apoio que, anos depois, o ajudaria a trilhar uma carreira de sucesso internacional na música e no cinema.