Meu Deus!

Patrícia Ramos revela agressões do ex-marido: 'Fui julgada pelos religiosos'

Atriz relembra críticas que recebeu após separação e faz apelo sobre violência doméstica dentro das igrejas

Dois anos após o fim conturbado de seu casamento com Diogo Vitório, a atriz e apresentadora Patrícia Ramos voltou a falar publicamente sobre o relacionamento e revelou novos detalhes sobre o que viveu nos bastidores. Em uma entrevista à revista Quem, ela contou como foi alvo de críticas após anunciar a separação em 2023, principalmente do público cristão que a acompanhava nas redes sociais.

“Quando divulguei minha separação, fui muito julgada, principalmente pelo público cristão, que me seguia em massa nas minhas redes sociais. Diziam que a culpa era minha, que eu que tinha feito alguma coisa, porque ele era a vítima e tudo mais”, disse Patrícia, expondo o peso que carregou ao tentar se reerguer.

Segundo a atriz, o julgamento partiu justamente de onde ela menos esperava: da comunidade religiosa. Ao abordar o assunto com mais profundidade, ela fez um alerta sério e incisivo sobre como casos de violência doméstica costumam ser ignorados, ou pior, abafados, dentro de instituições religiosas.

“Vejo que muitas mulheres passam por isso até hoje, de serem invalidadas no âmbito religioso, de chegarem para um pastor, para um padre, enfim, para qualquer líder religioso, falarem sobre as agressões e serem diminuídas", lamentou. "Falam: ‘Ah, não, vamos orar, vamos entregar nas mãos de Deus, não denuncia, não, porque a família tem que vir em primeiro lugar, porque a família é um projeto de Deus’”, relatou.

Ao longo da conversa, Patrícia explicou que sua decisão de tornar público o episódio de violência não teve como objetivo gerar empatia ou atrair atenção. Ela queria, acima de tudo, oferecer coragem a outras mulheres em situações semelhantes.

“Expus não para receber empatia e apoio das pessoas, mas para encorajar outras mulheres a fazerem aquilo que eu tinha feito, que era denunciar, expor tudo sem medo”, declarou. “Porque, muitas vezes, a vítima tem medo de ser julgada, de ser apontada, de ser descredibilizada, de ser invalidada, de ser diminuída. E, mesmo com todas essas possibilidades, fui à frente e não tive medo, até porque, expondo ou não, não ia mudar o que aconteceu.”

No encerramento do desabafo, a artista reforçou que não se calaria diante de tamanha dor. “Então decidi expor e ainda que influenciasse duas pessoas ou uma que fosse, isso para mim já valeria a pena. O meu intuito foi motivar, encorajar mulheres a fazerem aquilo que fiz. Foi denunciar e colocar à frente”, concluiu.

Mais Lidas