A manhã desta quinta-feira (7/8) a Polícia Civil pegou muita gente de surpresa em uma megaoperação contra a promoção de jogos ilegais e lavagem de dinheiro, a corporação cumpriu mandados de busca nas residências de diversos influenciadores digitais, entre eles, Bia Miranda e DJ Buarque.
Batizada de Operação Desfortuna, a ação teve como foco personalidades da internet suspeitas de usarem suas plataformas para divulgar o famoso Jogo do Tigrinho, uma modalidade de aposta considerada ilegal no Brasil. Ao todo, 15 influenciadores foram incluídos na investigação, que também envolve estados como São Paulo e Minas Gerais.
Vídeos obtidos pela coluna de Fábia Oliveira, do Metrópoles, mostram o momento exato em que os policiais chegaram às casas dos investigados. Em uma das gravações, agentes aparecem em frente ao condomínio de luxo Art Life, no Recreio, Zona Oeste do Rio, onde reside Bia Miranda. Em outra, DJ Buarque conversa com os oficiais enquanto seus carros de alto padrão são vistoriados.
As imagens chamam atenção pelo padrão de vida elevado dos envolvidos. E segundo a polícia, esse foi justamente um dos gatilhos para o avanço da investigação. “Foram identificados sinais claros de enriquecimento incompatível com a renda declarada pelos influenciadores”, destacou a corporação. Viagens internacionais, imóveis de milhões e veículos de luxo entraram na mira dos investigadores.
Os relatórios financeiros do COAF (Conselho de Controle de Atividades Financeiras) levantaram ainda mais suspeitas, transações que somam mais de R$ 4 bilhões teriam sido movimentadas entre contas ligadas aos investigados.
Saiba Mais
A polícia afirma que os influenciadores vendiam a ideia de lucros fáceis e garantidos aos seguidores, incentivando o cadastro em plataformas ilegais. “As postagens realizadas pelos investigados contêm promessas enganosas de lucros fáceis”, informam os agentes, que ainda revelam a existência de uma estrutura bem organizada por trás das ações, com funções específicas para divulgadores, operadores financeiros e até empresas de fachada.
Coordenada pela Delegacia de Combate às Organizações Criminosas e à Lavagem de Dinheiro (DCOC-LD), com apoio do Gabinete de Recuperação de Ativos (GRA) e do Laboratório de Tecnologia Contra Lavagem de Dinheiro (Lab-LD), a operação promete ainda desdobramentos nos próximos dias.
