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Ludmilla é alvo de processo e vira ré após acusar deputado de racismo

A Justiça aceitou a queixa-crime movida por Thiago Gagliasso contra a cantora

A cantora Ludmilla, de 29 anos, agora responde como ré em um processo criminal movido pelo deputado estadual Thiago Gagliasso (PL-RJ). A Justiça do Rio de Janeiro aceitou, nesta terça-feira (26/8), a queixa-crime apresentada pelo parlamentar, que acusa a artista de calúnia, injúria e difamação. A decisão partiu da 21ª Vara Criminal da Comarca da Capital.

O embate entre os dois teve início em novembro de 2023, quando a Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) discutia a entrega da Medalha Tiradentes a Ludmilla. Gagliasso foi contra a homenagem, justificando sua decisão com críticas ao teor de algumas músicas da artista e mencionando um episódio em que ela esqueceu a letra do hino nacional durante uma apresentação. O deputado fez questão de afirmar que não havia motivação pessoal em sua posição.

No entanto, a reação da cantora não passou despercebida. No dia seguinte à votação, Ludmilla gravou um vídeo publicado no Instagram, em que agradecia aos parlamentares que apoiaram a homenagem e rebateu os críticos. Em um trecho, ela citou diretamente o deputado, dizendo que “porque ele foi capaz de fazer um vídeo falando que ele vetou a minha medalha, porque ele não era racista, era por causa da música Verdinha”. Na sequência, a artista o chamou de “racista”, “racista barra pesada” e “racista de merda”.

As declarações inflamaram a polêmica e levaram Gagliasso a procurar a Justiça, alegando que foi vítima de ofensas e difamação pública. A partir da aceitação da queixa-crime, Ludmilla passa a responder formalmente à acusação, o que coloca seu nome no centro de mais um embate jurídico e midiático.

A disputa entre a cantora e o político, que começou com a votação de uma medalha de reconhecimento, agora se transforma em um caso criminal que deve atrair grande atenção dos fãs, da imprensa e do público em geral.

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