STF

Uma indicação à espera de aprovação

Messias enfrenta resistência de quem tem o poder na Casa, justamente o presidente do Senado, Davi Alcolumbre, que queria ver no STF um aliado

Jorge Messias precisa de 41 votos no Senado para chegar ao STF -  (crédito: Marcelo Camargo/Agência Brasil )
Jorge Messias precisa de 41 votos no Senado para chegar ao STF - (crédito: Marcelo Camargo/Agência Brasil )

O ano chega ao fim sem uma definição para o novo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF). Indicado pelo presidente Lula para a vaga aberta com a aposentadoria do ministro Luis Roberto Barroso, o advogado-geral da União, Jorge Messias, ainda não tem o apoio necessário dos senadores para o aval que o possibilita vestir a toga.

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Na reunião ministerial de ontem, o presidente Lula demonstrou expectativa em relação à aprovação de Messias. Ele pediu que os integrantes da equipe telefonem para senadores amigos neste fim de ano e peçam voto para o seu escolhido.

Messias enfrenta resistência de quem tem o poder na Casa, justamente o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União- -AP), que queria ver no STF um aliado, o senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG).

Para ser aprovado pelo Senado, Messiasterá que ser sabatinado na Comissão deConstituição e Justiça (CCJ) antes de ter suaindicação apreciada em plenário. Ele precisa de maioria absoluta de votos, ou seja,aprovação de pelo menos 41 senadores.

O pernambucano Jorge Messias tem 45anos, é formado em direito pela Universidadede Pernambuco e doutor pela Universidadede Brasília (UnB). Procurador da Fazenda Nacional desde 2007, ele ganhou notoriedadequando assessorava a presidente Dilma Rousseff, como subchefe de Assuntos Jurídicos daCasa Civil, e se tornou influente no terceiromandato do presidente Lula.

Ao longo da carreira, ele foi subchefe de Análise e Acompanhamento de Políticas Governamentais da Casa Civil, secretário de Regulação e Supervisão do Ministério da Saúde e consultor jurídico do Ministério da Educação e da Ciência, Tecnologia e Inovação. Também atuou na Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional e na Procuradoria do Banco Central.

Frequentador da Igreja Batista, ele tem a simpatia de parte dos políticos evangélicos. No STF, conta com um aliado, indicado justamente pelo principal adversário de Lula, o ex-presidente Jair Bolsonaro. É o ministro André Mendonça, que é presbiteriano e já fez declarações públicas em favor de Messias.

Caso seja aprovado para o cargo, Jorge Messias vai integrar a “bancada da AGU”. André Mendonça e os ministros Gilmar Mendes e Dias Toffoli também exerceram o cargo de advogado-geral da União antes de chegarem ao STF. Mendonça no governo Bolsonaro, Mendes na gestão do presidente Fernando Henrique Cardoso e Toffoli no segundo mandato de Lula.

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postado em 18/12/2025 05:00
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