Prêmio

Curta brasiliense ganha prêmio no festival 'É Tudo Verdade'

Considerado o retrato de "heroínas que ganharam a guerra contra a desigualdade", o curta 'Filhas de lavadeiras', de Edileuza Penha, se une a outras produções brasilienses premiadas recentemente

Ricardo Daehn
postado em 05/10/2020 12:16 / atualizado em 05/10/2020 12:16

Curta-metragem brasiliense 'Filhas de lavadeira'
Curta-metragem brasiliense 'Filhas de lavadeira' (foto: Reprodução/Facebook)

Um somatório de reconhecimentos recaiu sobre o cinema brasiliense, numa forte onda de valorização em festivais nacionais e internacionais. Uma das últimas vitórias veio com o prêmio de melhor curta-metragem para Filhas de lavadeiras, de Edileuza Penha de Souza, no recém-encerrado Festival É Tudo Verdade, dedicado a documentários. Considerado o retrato de "heroínas que ganharam a guerra contra a desigualdade", o filme mostra mulheres que, a partir da dedicação das mães, chegaram a conquistas pessoais que desafiam a arcaica estrutura social.

As mulheres também trouxeram mais reconhecimento para o cinema da capital. Partindo de eventos em Brasília, que remodelaram a vigência de leis, pela ação de uma mãe ativista, Renato Barbieri recriou a saga de Pureza, reconhecido no Festival Audiovisual do Mercosul, enquanto Por que você não chora?, drama de Cibele Amaral, com produção de Patrick de Jongh, levou prêmio especial do júri, no recente 48º Festival de Cinema de Gramado. Agraciada com o troféu Kikito, a atriz Elisa Lucinda comemorou o feito da composição de Consolação, personagem que é uma professora da Universidade de Brasília (UnB). Para além da representatividade racial, Elisa ressaltou que pôs na personagem "o amor pelos educadores".

Já exibido no Cine Brasília e atualmente nos catálogos Now, O2 Play e Vivo Play, o longa Ainda temos a imensidão da noite, de Gustavo Galvão, foi selecionado para o 37º Festival de Cine de Bogotá (Colômbia). O evento terá 102 filmes de 26 países e será realizado entre 21 e 28 de outubro, sem etapa presencial, tudo on-line. Já na leva presencial do festival de Edmonton (Canadá), Eduardo e Mônica, de René Sampaio, foi tido como melhor filme estrangeiro. Curiosamente, outra atração do evento na Colômbia tem em André Carvalheira a expectativa multiplicada: ele é diretor de fotografia de Ainda temos a imensidão da noite, além de ter tido selecionado o longa New Life S/A, desenvolvido na cidade, para o evento em Bogotá.

Outras produções

Outros prêmios do já citado Festival É Tudo Verdade, fora do âmbito de produção de Brasília foram: Meu país tão lindo, como melhor curta internacional, o melhor longa nacional Libelu - abaixo a ditadura, do estreante Diógenes Muniz, e o melhor longa estrangeiro Colective, produção romena de Alexandre Nanan.

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