Decisão

Museus serão fechados no DF após decreto de medidas restritivas

Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec) decidiu fechar os espaços culturais neste sábado (27/2) por conta do decreto de medidas restritivas, divulgado pelo GDF nesta sexta-feira (26/2)

Correio Braziliense
postado em 27/02/2021 00:16 / atualizado em 27/02/2021 00:45
 (crédito: Ed Alves/ CB DA Press)
(crédito: Ed Alves/ CB DA Press)

A Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec) anunciou, na sexta-feira (26/2), que os museus do Distrito Federal serão fechados neste sábado (27/2). A decisão vem após publicação do Decreto nº 41.842, nesta sexta-feira (26/2), no Diário Oficial da União (DODF), que determina medidas restritivas por tempo indeterminado em Brasília por conta do estado de calamidade da pandemia de covid-19 na capital federal.

Por isso, a Secec decidiu fechar todos os equipamentos culturais públicos que seguiam abertos, dentro de protocolos de saúde e higiene, desde 18 de setembro de 2020. São eles: Museu Nacional da República (MUN), Centro Cultural Três Poderes (CC3P – composto por Museu da Cidade, Museu Lúcio Costa e Panteão da Pátria), Museu Vivo da Memória Candanga (MCMC) e Memorial dos Povos Indígenas (MPI). Todos estavam funcionando de sexta a domingo, em seis horas por dia.

“É uma decisão em nome da proteção da vida. Sabemos da importância desses equipamentos para a formação cultural e para o lazer de turistas e brasilienses. Espero anunciar a reabertura em breve, quando toda essa delicada situação for vencida pela ciência e pelo empenho da saúde pública”, destacou o secretário de Cultura e Economia Criativa, Bartolomeu Rodrigues.

Desde a reabertura dos equipamentos públicos da Secec, em setembro de 2020, os museus recebem visitas monitoradas pelos protocolos internacionais de saúde. Além dos itens de higiene e segurança básicos, como a obrigatoriedade do uso de máscara para entrar nos espaços, cada museu contava com fornecimento de álcool em gel nas portas de entrada, termômetro para medição e marcações no chão, visando ao distanciamento social.

Alguns espaços oferecem sapatilhas descartáveis, os propés. É o que acontece no Centro Cultural Três Poderes (CC3P), Memorial dos Povos Indígenas (MPI), Museu Nacional da República e Museu Vivo da Memória Candanga (MVMC).

Visitação crescente

O Museu Nacional da República (MUN) e o Centro Cultural Três Poderes (CC3P) vinham tendo uma visitação crescente, sobretudo, com a chegada do verão e de feriados prolongados, como o Carnaval. Com programação de exposições e acervo de qualidade, esses espaços vinham mantendo quórum considerável. Os três museus do CC3P, por exemplo, receberam 26.812 visitas, com funcionamento de sexta a domingo, por seis horas, e com visitas limitadas de 20 a 40 pessoas por salão. Só no carnaval, foram 1.346 pessoas.

Com programação diversificada e novas mostras frequentes, o Museu Nacional bateu a marca de 24.170 visitantes desde a reabertura. No feriado de carnaval, o equipamento contou com público de 1.085 pessoas.

Sara Seilert, diretora do Museu Nacional, atribui a boa visitação dos museus à necessidade da experiência sensorial em tempos de segurança. “O contato direto com as obras de arte, a imersão na arquitetura, o passeio ao ar livre pela praça pública são algumas das experimentações e vivências possibilitadas pela visita ao Museu. Vivências que os ambientes virtuais não conseguem substituir”, completou.

*Com informações da Secretaria de Cultura e Economia Criativa

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