Cannes

Filme com coprodução pernambucana é premiado no Festival de Cannes

Já premiado pelo Correio, no Festival de Brasília do Cinema Brasileiro, Gabriel Mascaro assina a coprodução de 'A noite do fogo', da salvadorenha Tatiana Huezo, laureada em Cannes

Ricardo Daehn
postado em 16/07/2021 17:21 / atualizado em 16/07/2021 17:35
A cerimônia da premiação reservada para os filme da Um Certo Olhar, transcorreu no Teatro Debussy -  (crédito: Mathilde Gardel/ Divulgação)
A cerimônia da premiação reservada para os filme da Um Certo Olhar, transcorreu no Teatro Debussy - (crédito: Mathilde Gardel/ Divulgação)

Dois anos depois do brasileiro Karim Aïnouz faturar o prêmio máximo da seção Um Certo Olhar, no Festival de Cannes, pelo filme A vida invisível, agora o Brasil desponta novamente na premiação, diante da menção especial reservada ao longa A noite do fogo, que, mexicano, contou com a coprodução da Desvia, criada pelo pernambucano Gabriel Mascaro e Rachel Ellis.

O filme é uma adaptação livre do romance Prayers for the stolen. Dirigido pela salvadorenha, radicada no México, Tatiana Huezo, o longa revela treinamento de mães que protegem meninas de conhecidos sequestradores das redondezas. Realizada no Teatro Debussy, a cerimônia de entrega dos prêmios da Mostra Um Certo Olhar trouxe o resultado do exame de 26 filmes, por um corpo de jurados que incluiu Andrea Arnold, Daniel Burman e Mounia Meddour.

A russa Kira Kovalenco, por Unclenching the fists, obteve o prêmio central, ao relatar as inseguranças de uma mulher para deixar a convivência de família opressora. O Prêmio do Júri coube a Great Freedom, de Sebastian Meise, enquanto Good mother e La civil venceram prêmios paralelos. No tocante à originalidade, Lamb (de Vladimar Johannsson), foi o eleito dos votantes.

Presente novamente em Cannes, para exibição especial do longa O marinheiro das montanhas, Karim Aïnouz acabou mobilizando uma frente de protestos ao atual governo brasileiro. Muito aplaudido na sessão, o diretor cearense já havia comentado, ao Correio, da frequente acolhida internacional positiva às obras dele. "Penso: será que os estrangeiros gostam (de mim)? Da minha parte, eu tenho a sensação que meus filmes falam bastante de deslocamento, esse é um tema que reverbera bastante nas temáticas que abordo. Acho que esse lugar, de ser estrangeiro, sempre me fascinou por ser sempre, de alguma forma, o meu lugar. O marinheiro das montanhas fala bastante disso, de como é estar nesse ´não lugar, nesse meio do caminho, e como isso também é um lugar. Acho que , caso os estrangeiros realmente gostem, é talvez porque essa temática sempre aproxima", observou.

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