A cantora, compositora e atriz canadense Alanis Morissette, afirmou ter sofrido estupro coletivo quando tinha 15 anos. As informações foram confirmadas pelo "Washington Post" e faz parte do documentário 'Jagger'.
Dirigido por Alisson Klayman, o documentário foi apresentado nesta segunda-feira (13), no Festival Internacional de Cinema de Toronto.
Morissette conta que passou por um grande processo de terapia para entender que a culpa do abuso não era sua. “Levei anos de terapia para admitir que houve algum tipo de vitimização da minha parte. Eu sempre dizia que estava consentindo, e aí eles me lembravam que eu tinha apenas 15 anos. Você não pode consentir nessa idade. Agora acho que são todos pedófilos, que foi uma violação de menores“.
Em outras entrevistas, Alanis contou já ter lutado contra a anorexia e a bulimia. No passado também foi vítima da má gestão financeira de um dos seus representantes, com roubo estimado em cinco milhões de dólares. Ela também compartilhou sua experiência relacionada à depressão pós-parto.
Sobre revelar os acontecimentos depois de tanto tempo, Alanis comenta que tentou proteger a família. "O fato de eu não contar informações específicas sobre minha experiência de adolescente foi quase exclusivamente em torno de querer proteger, proteger meus pais, proteger meus irmãos, proteger futuros parceiros". E concluiu dizendo que "toda aquela coisa de 'por que as mulheres esperam?': As mulheres não esperam. Nossa cultura não escuta".
O debate cresceu também em torno da falta de apoio na indústria da música. A cantora afirmou ter contado para alguns colegas do meio artístico, mas não teve apoio: “Contei para algumas pessoas e caiu em ouvidos moucos”, disse. Alanis completa dizendo que as reações eram constrangedoras e evasivas.
A consagrada artista nasceu em Ottawa, alcançou sucesso internacional com 'Jagged Little Pill', um álbum lançado em 1995. Alanis já vendeu mais de 33 milhões de cópias e já ganhou sete prêmios Grammy.
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