Urias vem tendo um ano de 2022 recheado de invejáveis conquistas: após o lançamento do EP Her mind, em maio, ela se jogou em uma turnê europeia, abrindo os shows para a amiga e colaboradora de longa data, Pabllo Vittar, que contou, inclusive com um show no festival Primavera Sound, em Barcelona, na Espanha.
Quem vê a ascensão da cantora não desconfia que a última visita em Brasília é de janeiro de 2020, como um emergente nome da nova safra de artistas brasileiros. Uma das atrações do Festival CoMA, Urias conversou com o Correio sobre a guinada na carreira, após dois anos de isolamento e pandemia de covid-19.
A artista explica, em poucas palavras, o quanto a vida mudou desde o lançamento do hit Diaba, em agosto de 2019. “Sempre ouvi falar do Festival CoMA, de muitos lá de Uberlândia, de onde eu sou. E nunca fui mesmo, porque na época não dava pra mim. Ir, agora cantando, poderei ver tudo de um outro lado, será muito bom.”
Parece que a artista não se dá conta do sucesso que se tornou. Com mais de 360 mil ouvintes mensais no Spotify, as faixas do álbum de estreia, Fúria, acumulam milhões de streams: Tanto faz, tem mais de 1 milhão, Foi mal, outros quatro. Só Diaba reúne mais de 13 milhões de reproduções. A cantora é, ainda, a primeira mulher trans a ter duas músicas de um mesmo disco no Top 15 do iTunes Brasil. No YouTube, os números se repetem, mostrando que a proporção de Urias atualmente é um eco distante daquela que subiu ao palco do Outro Calaf há dois anos. “Vou levar um show que eu não tinha estrutura pra levar da outra vez. Então vai ser um retorno muito significativo pra mim.”
“Retornar depois desse momento que a gente passou durante a pandemia é muito importante pra mim. E vai ser muito incrível, porque eu vou voltar no CoMA, que é incrível, que está trazendo muitos artistas que fazem diferença, que estão mudando muita coisa”, afirma.
Urias dividirá o palco do CoMA com artistas como ÀTTØØXXÁ, Carlinhos Brown, Gaby Amarantos, Don L e Tasha e Tracie no sábado (6/8). A reunião de grandes artistas e aqueles que começaram a desfrutar da notoriedade agora não passou despercebida. “É de extrema importância o festival trazer não só artistas que estão nessa crescente, mas também aqueles já renomados”, observa.
“A escolha de artistas também é interessantíssima. Tudo representa algo politicamente, tudo representa alguma coisa. Todos esses artistas estão representando muita coisa. Principalmente com tudo que a gente está passando no país. Eu acho que o festival traz essa vibe”, reflete.
O mais recente EP, Her mind, será disponibilizado em três partes, formando, ao fim, o segundo álbum de Urias. O primeiro volume já pode ser conferido em todas as plataformas digitais e traz colaborações com Number Teddie, Rodrigo Gorky, Maffalda, Zebu e Alice Caymmi.
Ao longo do mês, o Correio fará, nos meios on-line e impresso, um passeio entre as atrações do Festival CoMA, traçando um retrato dos artistas e a relação com Brasília e o evento. Entrevistas com Remobília, Vitor Ramil, Braza e ÀTTØØXXÁ já estão disponíveis.
*Estagiária sob a supervisão de Nahima Maciel
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