Gal Costa emocionou Brasília em show durante o Festival CoMA

Em agosto, Gal subiu ao palco do Festival CoMA para cantar clássicos como 'Brasil', de Cazuza, e Baby, de Caetano Veloso

Correio Braziliense

postado em 09/11/2022 11:59 / atualizado em 09/11/2022 12:28

2022. Crédito: Camila Alcântara/Divulgação. Cultura.Gal Costa no Festival CoMA. - (crédito: Camila Alcântara/Divulgação)

Foi para uma plateia de jovens, adultos e fãs brasilienses das idades mais variadas que Gal Costa cantou alguns de seus maiores sucessos em agosto, durante show no Festival CoMA, realizado no canteiro do Eixo Cultural Ibero-Americano, antiga Funarte. A cantora morreu nesta quarta-feira (8/11), aos 77 anos. 

A Brasília, Gal trouxe As várias pontas de uma estrela, mesmo show da turnê que realizaria até o final deste ano e que também apresentaria no Primavera Sounds, em São Paulo, no último fim de semana. O show no festival paulistano acabou cancelado por causa de uma cirurgia de retirada de um nódulo.  No repertório, a cantora trouxe canções como Baby, um de seus maiores sucessos, e Dom de iludir, ambas de Caetano Veloso, A história de Lilly Brown, faixa famosa de O grande circo místico, de Chico Buarque, e ícones compostos por Milton Nascimento, como Maria Maria, Cravo e canela e Fé cega faca amolada.

• 
  2022. Crédito: Camila Alcântara/Divulgação. Cultura.Gal Costa no Festival CoMA. Camila Alcântara/Divulgação
• 
  2022. Crédito: Camila Alcântara/Divulgação. Cultura.Gal Costa no Festival CoMA. Camila Alcântara/Divulgação
• 
  2022. Crédito: Camila Alcântara/Divulgação. Cultura.Gal Costa no Festival CoMA. Camila Alcântara/Divulgação

Brasil, o clássico dos anos 1980 composto por Cazuza, também fez parte do show. Durante a apresentação, Gal contou que havia músicas, como essa, que gostaria de tirar do repertório, mas que era impossível. Ela também incentivou as manifestações políticas da plateia, que se uniu em coro para pedir Lula como presidente. Para a cantora, a música de Cazuza nunca esteve tão atual. Outro ponto alto do show foram os versos “é preciso estar atento e forte, não tempos tempo de temer a morte …”, de Divino maravilhoso, música de Caetano Veloso.

Além de uma das maiores vozes da música brasileira das últimas décadas, Gal era também uma incentivadora de outros compositores de todas as épocas, cujas músicas que escolhia para gravar acabavam ganhando projeção. Em Brasília, ela inseriu no repertório canções assinadas por Malu Magalhães, Lima, Silva e Omar Salomão. 

"Cantar em festivais tem me feito muito bem, principalmente por encontrar um público jovem. Sinto que a nova geração está se aproximando cada vez mais do meu trabalho", contou Gal ao repórter Irlam Rocha Lima, em entrevista realizada antes do show. "Já entro em cena com a plateia animada, disposta, atenta. A emoção é outra e me leva a querer participar cada vez mais desses eventos", revelou.