Cinema

Confira a crítica do violento e animado longa-metragem 'Contra o mundo'

Um mix brutal e envolvente dá caldo grosso no agitado filme 'Contra o mundo'

Contra o mundo tem Bill Skarsgård e muita pancadaria -  (crédito:  Paris Filmes/Divulgação)
Contra o mundo tem Bill Skarsgård e muita pancadaria - (crédito: Paris Filmes/Divulgação)

Crítica // Contra o mundo ★ ★ ★ ★

Há uma enxurrada de ingredientes do mundo pop que, num jogo de colagem empolgante, desestabiliza a plateia do violento filme de estreia do alemão Moritz Mohr, que ganha a chancela da produção do consagrado Sam Raimi (da boa safra de de filmes em torno do Homem-Aranha). Da moldura dos filmes de Quentin Taratino à afinidade do universo de Blade Runer, passando pela hiper-realidade controlada por cineastas como David Leitch e Guy Ritchie. Pronto, e ponto — este é o sumo cinéfilo de Contra o mundo, filme de base simples: a facínora Hilda Van Der Koy controlaria milhares de súditos, entre os quais o surdo-mudo Boy (quando adulto, interpretado por Bill Skarsgard), um personagem que é puro desejo de vingança, uma vez que teve a família liquidada na autocracia da dinastia Van Der Koy.

Estilizado e excessivo (com quê de Robert Rodriguez), o longa imprime modernosa atmosfera, no qual a alucinada jornada de Boy inclui desde o treinamento (ao lado do impiedoso Xamã, feito por Yayan Ruhian) se rende ao conceito de liminaridade (a meio-termo entre realidade e sonho). Guerreiro nutrido pela imagem aos moldes de 300, Boy se vê como "a arma". Sob velocidade atordoante, num versão de faca de dois gumes, a edição se prova inovadora (mas peca, muito, ao final do enredo).

Frenético e brutal, o filme abraça traição, acrobacias e quesitos extraídos de Star Wars (com espécies de Stormtroopers em ação e ainda a destruição "da estrela da morte" em jogo). Entre muita revolta e animosidade, Boy acha espaço para reviravoltas, como um super-time para Boy, com direito a Basho (Andrew Koji , de G.I. Joe Origens) e a bizarra afinidade dele com o personagem de Isaiah Mustafa (Quero matar meu chefe). No fim, pesa a ideia de um Jogos vorazes mesclado com terror.

Gostou da matéria? Escolha como acompanhar as principais notícias do Correio:
Ícone do whatsapp
Ícone do telegram

Dê a sua opinião! O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores pelo e-mail sredat.df@dabr.com.br

postado em 25/04/2024 10:41 / atualizado em 25/04/2024 10:59
Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação