Música

Alessandra Terribili e Gabriel Guedes cantam Clube da Esquina em Brasília

Alessandra Terribili e Gabriel Guedes fazem show no Clube do Choro em homenagem ao Clube da Esquina

Alessandra Terribili canta os hits do Clube de Esquina -  (crédito: Tiago Loei)
Alessandra Terribili canta os hits do Clube de Esquina - (crédito: Tiago Loei)

O Clube da Esquina é o homenageado de hoje no palco do Clube do Choro. Alessandra Terribili e Gabriel Guedes sobem ao palco com um repertório de 18 canções reunidas especialmente para lembrar os melhores momentos do movimento mais importante da música mineira. O espetáculo Sonhos não envelhecem, cujo título é inspirado em verso da música Clube da Esquina nº2, tem direção musical de Pedro Vasconcellos e reúne também o pianista Renato Vasconcellos, o contrabaixista Hamilton Pinheiro, a flautista Adriana Losi, o baterista Pedro Almeida e o percussionista George Lacerda. 

Essa é a primeira vez que Alessandra e Gabriel, filho de Beto Guedes, se apresentam juntos. "Conheci o Gabriel por meio do avô dele, o Godofredo Guedes, pai de Beto, quando ouvi o Choros de Godofredo. Procurei o Gabriel, começamos a conversar, vi alguns versos e outros discos dele e fiz esse convite para se apresentar comigo num tributo ao Clube, mas também à música mineira", conta Alessandra, que cresceu ouvindo Milton Nascimento e foi, a vida inteira, muito influenciada pelo Clube da Esquina. 

No repertório, entraram os grandes clássicos do movimento, canções como Amor de índio, Sol e primavera e Feira moderna, de Beto Guedes, Morro velho e Para Lennon e McCartney, popularizadas por Milton Nascimento, e Durango kid, de Toninho Horta. "Mas também tem um espaço autoral do Gabriel para demonstrar que a música mineira o do movimento do Clube da Esquina não está no passado e continua sendo construída até hoje", avisa Alessandra. 

A convivência com os nomes mais importantes do movimento teve impacto grande na música de Gabriel, que toca guitarra e bandolim. Aos 46 anos, mesma idade de Alessandra, o músico traz na bagagem referências que ancoram num estilo musical marcado por sonoridade inovadora que incorporava desde o batuque e o folclore até a música erudita. "Acredito que ele traz a própria personalidade, a vivência de alguém nesse período histórico para aquela mesma referência estética. Ele compõe muitas músicas instrumentais, algumas com letra e você consegue perceber a continuidade do trabalho", avisa Alessandra. "Da mesma forma que o Clube da Esquina impactou músicos no mundo inteiro, também influenciou, de forma especial, quem estava ali perto, como o Gabriel, que cresceu ao lado desses músicos. Ele traz essas vivências e percepções."

A própria Alessandra, que veio do samba, identifica hoje uma enorme influência da música mineira na própria trajetória.  "A obra do Milton e desses compositores me influenciou demais para perceber a musicalidade brasileira, para compor minhas músicas inclusive do ponto de vista das temáticas. O Milton aborda, de forma original, a história do povo basileiro, a questão negra e eu procuro ter isso nas minhas produções", explica.


Sonhos não envelhecem

Alê Terribili convida Gabriel Guedes. Hoje, às 20h30, no Clube do Choro. Ingressos: R$ 50, na Bilheteria Digital


 

 

postado em 05/12/2024 04:01
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