
Crítica // Elio ★★★
É no sumiço dos pais que reside a maior parte do drama do protagonista do novo filme da Disney-Pixar, Elio. Ainda que introspectivo, o menino é expansivo e pretende manter comunicação com alienígenas, uma vez que foi criado junto da tia Olga, funcionária de uma base aérea. Elio é movido pela ingenuidade e quer explorar a vastidão do universo. Segue o imaginário de não estarmos sós na Terra. A animação tem tom de unidade, apesar de dirigida por três pessoas: a chinesa Domee Shi; o descendente de mexicanos Adrian Molina e a estreante Madeline Sharafian.
Num certo sentido, com direito a clones (há como viver vidas paralelas) e estratégias de defesa e ataque, Elio, na trama, tem um certificado de videogame. Tudo é apresentado dentro de um plano de novidade, e um colorido exuberante. O propósito do protagonista é efetivado, e no espaço sideral, ele circula entre embaixadores de várias espécies e é saudado como líder da Terra. O rigor visual do filme é dos pontos altos. Além disso, com reina um espírito de tranquilidade, com muitos personagens apaziguadores. A autenticidade dos comportamentos de Elio também é um ponto forte, no filme que traz embutida a mensagem da afirmação de caráter.
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Como no recente Como treinar o seu dragão, Elio explora o senso de paternidade e reserva uma cena muito comovente entre pai e filho. Com ação, entre muitos conceitos de proteção e conexões de amor, o longa, com enredo bem singelo, trata da conquista de uma identidade e traz um personagem coadjuvante bem peculiar: o filho do vilão.
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