O Dança em Trânsito traz a Brasília cinco espetáculos que resumem um pouco da diversidade do festival nesta 23ª edição. Iniciado em 3 julho no Rio de Janeiro e com a proposta de percorrer cidades nas cinco regiões do Brasil, o evento tem como objetivo promover o intercâmbio entre profissionais da dança de diferentes países com espetáculos, encontros, oficinas, residências e bate papos.
Em Brasília, o Dança em Trânsito ocupa o espaço do Museu Nacional da República e o Centro de Dança do DF. "A gente sempre dialoga com o espaço, o Dança em Trânsito tem isso de tirar a dança do espaço convencional e propor uma ocupação maior, transformando um pouco a arquitetura e se misturando nela", explica Flávia Tápias, uma das idealizadoras do festival.
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Para além das apresentações, a formação e o intercâmbio são algumas das bandeiras do Dança em Trânsito. "É um lugar essencial de conexão e transformação cultural, porque você entra em contato com o público de outros artistas locais. O festival se transformou num grande portal de conexão e intercâmbios. Tem artistas de todos os tempos, o coreógrafo consagrado, o jovem coreógrafo, o bailarino jovem profissional, o estudante de dança. E tem uma característica que é de ir para grandes cidades, mas também para cidades menores, que muitas vezes não têm tanto acesso e possibilidades de arte", diz Flávia.
Entre os espetáculos está Cruzamentos, resultado de uma residência de artistas brasileiros, africanos e franceses no qual um dos destaques são as diferenças entre os corpos em contraste com a homogeneidade do humano. "É muito rico, porque eles fizeram uma imersão e o resultado foi bem diferenciado", avisa Flávia. Da Coreia do Sul, vem Fan Made, do TOB Group, uma mistura de dança contemporânea com resquícios de elementos folclóricos que, segundo Flávia, transporta para tempos passados e futuros ao mesmo tempo. De Roma, Riccardo Ciarpella e Mateo Mirdita trazem Inyou, com acrobacias e uma sinergia muito orquestrada.
Os espanhóis do Marcat Dance apresentam Dual e a Tápias Cia. de Dança traz Reza. "É um work in progress, um fragmento do espetáculo do ano que vem", avisa Flávia. O público de Brasília poderá ainda fazer uma oficina de dança contemporânea com o coreano Jongwoo Kim.
Serviço
1/8
OFICINA REAÇÃO
Com Jongwoo Kim. Amanhã, das 19h às 21h, no Centro de Dança (St. Autarquias Norte Q1)
Sábado, na Rampa e galerias do Museu Nacional da República
ENTRADA FRANCA
17h - Cruzamentos
Com Akene Lenoir e Ornella Dufay (França), B. Zambeleogo e Patião Teixeira (África), Alice Alves e Paula Fernandez (Brasil)
17h30 - Reza
Com o Grupo Tápias (Rio de Janeiro, RJ)
18h - Fan Made
Com o TOB Group - MIN KIM (Seul, Coreia do Sul)
18h15 - Inyou
Com Riccardo Ciarpella e Mateo Mirdita (Roma, Itália)
18h30 - DUAL
Com Marcat Dance (Vilches, Province of Jaén/Andalucia, Espanha)
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