MÚSICA

Cerrado Jazz Festival comemora 10 anos com ícones da música nacional

Com uma década de resistência e celebração, festival terá nomes como João Bosco, Chico César, Dom Salvador e Black Rio em shows gratuitos

João Bosco  -  (crédito: DIvulgação )
João Bosco - (crédito: DIvulgação )

Em clima de comemoração, o Cerrado Jazz Festival começa hoje com programação extensa até domingo. No teatro da Caixa Cultural, a Cerrado Jazz Gafieira abre os shows com as vozes de Joana Duah e Célia Rabelo. A partir de amanhã, as apresentações serão realizadas na parte externa, em um palco montado ao ar livre.

Iniciando a programação de sexta-feira, a Choro Popular Orquestra abre os espetáculos da noite. Em seguida, um dos homenageados da edição, o pianista Dom Salvador, sobe aos palcos, seguido de Chico César e Fabiana Cozza, que encerram a programação do dia. No sábado, a banda brasiliense Tucanuçu inicia as apresentações por volta das 19h30. João Bosco, Vanessa Moreno e Michael Pipoquinha sobem juntos ao palco pela primeira vez.

João Bosco comenta que o show é um muito especial para todos. "É uma honra dividir o palco com dois talentos tão impressionantes: Vanessa Moreno, com sua voz luminosa e sua musicalidade rara, e Michael Pipoquinha, que transforma o baixo num instrumento de pura invenção. É como embarcar num voo livre sobre o mapa da música brasileira, com paradas no improviso e na liberdade. Vai ser um encontro de gerações, de linguagens, mas, acima de tudo, um encontro de almas musicais. Vamos celebrar a música brasileira em suas cores mais vivas", destaca o musicista.

João Bosco reforça a importância de um festival como o Cerrado Jazz  celebrar 10 anos. "Chegar a 10 anos de um festival de música, no Brasil, é um feito que merece todos os aplausos. O Cerrado Jazz é resistência e celebração. É um espaço onde a liberdade musical é honrada, e isso tem tudo a ver com o que acredito", afirma. O músico irá revisitar algumas canções que atravessam décadas, em similaridade com a celebração do festival, mas também irá mergulhar no presente.

Brasília sempre foi um lugar muito especial para o músico. "Eu costumo dizer que a capital tem um silêncio que escuta a música. Já vivi noites inesquecíveis ali, desde os tempos do Teatro Nacional até os palcos mais recentes. Brasília tem um público atento, afetuoso e curioso, que sempre me acolheu com muito carinho. É uma cidade que respira arte e arquitetura, onde a música parece se espalhar pelos traços de Niemeyer", elogia João Bosco.

Michael Pipoquinha, baixista e compositor cearense, também está animado para a apresentação de sábado. "Para mim, é maravilhoso celebrar esses 10 anos de Cerrado Jazz Festival. Ainda mais com um show como esse com João Bosco e Vanessa Moreno, dois músicos que eu sou fã há muito tempo. A importância é muito grande", destaca Michael. O músico comenta que ama Brasília e aprecia muito a mistura que a cidade acolhe. "Eu acho muito parecido com povo do Nordeste, meus amigos, o sotaque mais lento, a diversidade de música que tem também. Para mim, é maravilhoso", afirma.

O baixista descreve a união com João Bosco e Vanessa Moreno como uma grande realização. "Sensação boa de realização e de querer mais. Tenho certeza que quando der a última nota desse show, já vou estar querendo mais, com certeza", reflete.

Finalizando o sábado, a banda Black Rio traz o groove para a capital. "Desde que voltamos em 2000, Brasília foi um dos primeiros lugares que fizemos show. Brasília é muito importante por ser uma cidade de vários músicos importantes como Hamilton de Holanda. Além de ser um cenário importante na cultura e na política, é um lugar que tem muito a ver com o lado revolucionário da banda", destaca William Magalhães, fundador da banda. Sobre o festival, William reforça que é mais um movimento que se perpetua por meio da sua extrema qualidade e é uma honra poder celebrar no DF.

Para o domingo, a partir das 18h, Egberto Gismonti, multi-instrumentista e compositor, sobe ao palco ao lado do violonista Daniel Murray. Em seguida, a grande cantora de Bossa Nova Rosa Passos, homenageada pelo evento, se apresenta às 19h30. Finalizando a programação, o baile do Cerrado Jazz traz Cerrado Jazz Gafieira com dança de Ricardo Lira e poesia de Rubens Negrão.

  • CircomVida
    CircomVida Divulgação
  • Vanessa Moreno
    Vanessa Moreno LORENA DINI/ Divulgação
  • Michael Pipoquinha
    Michael Pipoquinha Dani Gurgel/Divulgação
  • João Bosco
    João Bosco DIvulgação

Para a garotada

O festival ainda oferece uma programação para os pequenos. O Cerradinho Jazz traz espetáculos, oficinas e atividades circenses para as crianças durante o final de semana. No teatro da Caixa Cultural, será apresentada a peça Os irmãos Sukulonsky, da Cia CircomVida. O espetáculo une palhaçaria, malabarismo, música e interação com o público e terá uma sessão no sábado, às 17h, e uma no domingo, às 16h. Os ingressos serão distribuídos gratuitamente na bilheteria física.

A programação também conta com a Oficina circense - Zona Circo Kids que ocorre no estacionamento da Caixa Cultural, no sábado, às 18h, e no domingo, às 17h. A oficina busca ensinar diferentes estilos de malabares e trazer atividades para estimular a liberdade e criatividade dos pequenos.

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postado em 07/08/2025 06:00
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