MÚSICA E TEATRO

Chappell Roan: a artista que transformou teatralidade em fenômeno pop

Chappell Roan se consolida como uma das vozes mais originais do pop atual

Chappell Roan: a artista que transformou teatralidade em fenômeno pop -  (crédito: TMJBrazil)
Chappell Roan: a artista que transformou teatralidade em fenômeno pop - (crédito: TMJBrazil)

Com uma estética que mistura ousadia, performance dramática e letras que funcionam como um abraço a quem as ouve, Chappell Roan consolidou-se como um dos nomes mais magnéticos da música pop recente. Aos 27 anos, a norte-americana viu sua carreira dar um salto vertiginoso em 2024, impulsionada pelo sucesso mundial de “Good Luck, Babe!”, canção que a colocou no mapa das grandes estrelas e hoje soma milhões de execuções.

O impacto é mensurável: são mais de 41 milhões de ouvintes mensais no Spotify, sustentados não apenas pelo hit, mas por faixas como “Pink Pony Club”, “HOT TO GO”, “Red Wine Supernova” e “Casual”, todas reunidas no álbum The Rise and Fall of a Midwest Princess (2023).

Do palco ao culto pop

Se a presença digital já despertava curiosidade, foi ao vivo que Chappell realmente consolidou sua identidade artística. Sua apresentação no Coachella 2024 — repleta de energia, figurinos chamativos e narrativa visual — mostrou que ela não se limita a cantar: cria experiências. Pouco antes, havia sido a atração de abertura da GUTS World Tour de Olivia Rodrigo, percorrendo arenas pelos Estados Unidos e Canadá.

No mesmo ano, deixou o Governors Ball, em Nova York, marcado na memória do público ao surgir de dentro de uma maçã gigante, vestida como a Estátua da Liberdade em versão drag, combinando música pop com discurso político e performance.

Das gravações caseiras ao reconhecimento

Nascida Kayleigh Rose Amstutz, a artista começou a trilhar o caminho da música na adolescência, publicando covers no YouTube. Aos 17 anos, um desses vídeos chamou a atenção de executivos da Atlantic Records, e em 2017 veio o primeiro single, “Good Hurt”, seguido do EP School Nights. Desde então, a cantora se tornou uma voz ativa na defesa dos direitos LGBTQIA+ e das mulheres, além de afirmar que sua persona no palco tem forte influência do universo drag king.

Novos rumos

O ano de 2025 marca uma nova fase para Chappell Roan. Em março, ela surpreendeu com “The Giver”, balada country-pop que estreou no Top 5 da Billboard Hot 100 e liderou a Hot Country Songs. Já em agosto, lançou a aguardada versão de estúdio de “The Subway”, registrada com um videoclipe cinematográfico gravado nas ruas de Nova York.

Chappell Roan conquista topo da parada de singles no Reino Unido

Chappell Roan conquistou seu segundo hit número 1 no Reino Unido com “The Subway“, que estreou no topo da parada oficial de singles na última sexta-feira (8).

Tocada ao vivo pela primeira vez em junho de 2024, a música foi lançada oficialmente no dia 1º de agosto, juntamente com um videoclipe. Segundo a Billboard, a música dá a cantora seu segundo lugar no topo das paradas do Reino Unido, depois de “Pink Pony Club” ter alcançado o feito pela primeira vez em março.

Vale destacar que durante o Øya Festival em Oslo, na Noruega, Chappell Roan cantou a música ao vivo pela primeira vez após o lançamento, admitindo também que voltar aos palcos a assustou. “Estou muito nervosa“, afirmou. “Só não faço um show há um segundo, então estou meio nervosa.”

Vale lembrar que em entrevista à Vogue, Chappell Roan também indicou que “The Subway” não era o início do lançamento de um novo disco e que ela poderia demorar “cinco anos” para um segundo disco. “O segundo projeto ainda não existe”, acrescentou. “Não há álbum. Não há coletânea de músicas.”

Chappell Roan desabafa sobre pressão por novo álbum

Aclamada por seu estilo único e suas performances ousadas, Chappell Roan, de 27 anos, voltou a movimentar a cena pop ao revelar que seu próximo álbum pode demorar “pelo menos mais cinco anos” para ser lançado. Em entrevista exclusiva à Vogue, divulgada nesta segunda-feira (4), a cantora norte-americana abriu o jogo sobre a pressão por novas músicas, o impacto emocional do seu mais recente single e a decisão de manter o tempo como aliado no processo criativo.

Roan, nascida Kayleigh Rose Amstutz, viu sua carreira decolar em 2023 com o lançamento do álbum de estreia “The Rise and Fall of a Midwest Princess”, considerado por muitos críticos como um dos projetos mais autênticos do pop recente. Desde então, os fãs aguardam ansiosamente por uma continuação — mas a espera deve ser longa.

“Levei cinco anos para escrever o primeiro álbum, e é provável que leve pelo menos cinco para o próximo. Um segundo projeto não existe ainda”, disse ela com franqueza.

Apesar da ausência de um disco completo no horizonte, Chappell Roan não tem decepcionado em termos de presença e impacto. Na última sexta-feira (31), ela lançou “The Subway”, single que já desponta como o maior debut da artista nas plataformas digitais. A faixa sucede os também elogiados “The Giver” e “Good Luck, Babe!” — este último, inclusive, indicado ao Grammy de Música do Ano e responsável por consolidar o nome da cantora no mainstream global.

Em 2025, Roan foi consagrada como Artista Revelação no Grammy, superando nomes como Sabrina Carpenter e Shaboozey. O reconhecimento, porém, trouxe junto um novo nível de cobrança — algo que ela encara com ressalvas.

“Vejo comentários como ‘ela está em todos os lugares, menos no maldito estúdio’. Mas mesmo que eu passasse 12 horas por dia lá dentro, isso não garantiria que o álbum sairia mais rápido”, disparou.

A artista também compartilhou um momento íntimo sobre o lançamento de “The Subway”. Inicialmente, a faixa estava prevista para sair antes de “The Giver”, mas Chappell não se sentia pronta.

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TM
postado em 12/08/2025 10:02 / atualizado em 12/08/2025 10:55
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