
Chega à 20ª edição o Festival de Cinema Italiano, que, na capital, terá sede inicial na sala 2 do Cine Cultura (Liberty Mall). A diversificada programação, com entrada franca, alterna clássicos e novas e inéditas produções sob a curadoria da Câmara de Comércio Italiana de SP, em parceria com o MinC e a Embaixada da Itália.
Experiência única está reservada para a sessão de domingo (2/11), às 18h30, com o seminal Ladrões de bicicleta. O diretor Vittorio de Sica recrutou não-atores para rechear de genuíno humanismo o emotivo filme neo-realista de 1948. Na produção, o trabalhador Antonio (Lamberto Maggiorani) vê minimizada a expectativa de retomar o trabalho, depois de ver a bicicleta, pós-guerra. Saído do meio operário, Maggiorani confere, ao lado do menino Enzo Staiola, o tom sincero e doloroso da aventura do pai de família.
Nas sessões de amanhã (31/11), o predomínio será da culinária e de temas afins. Às 18h30, há o ingrediente nostálgico de O jantar (fita de 1998, do magistral Ettore Scola). Fanny Ardant, Vittorio Gassman e Stefania Sandrelli encarnam tipos que vão da cozinha ao salão de restaurante, sob as visões diversificadas de clientes, garçons e proprietários de uma tradicional casa. Já às 20h50, o inédito As provadoras de Hitler (de Silvio Soldini) adapta romance de Rosella Postorino, retratando a inesperada jornada de mulheres recrutadas como provadoras de pratos destinados ao ditador.
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Sábado será programa duplo dedicado à espécie de metalinguagem reservada para a sétima arte. Às 18h30, com Antes da revolução, estrelado por Adriana Asti, o gênio de Bernardo Bertolucci (morto em 2018, e autor de filmes de alta plasticidade como O conformista e O último tango em Paris) vem à tona, quando reveladas suas origens, num personagem de 1964. Crises ideológicas e existenciais cercam um burguês ideologicamente desencantado com a própria família. Já a sessão das 20h45 traz Diamantes (de Ferzan Özpetek, conhecido por fitas como Hamam — O banho turco). Em cena, 18 atrizes italianas foram escaladas para contar o dia a dia das irmãs Canova, na Roma setentista, em que capitalizam, a partir da originalidade e do trabalho, no ramo da arte do figurino no cinema.

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