
Crítica // Zootopia 2 ★★★
Chamada de "cachorro laranja", lá está a raposa (macho) Nick Wilde, ao lado da companheira Judy Hopps, ambos atuando como policiais na recém-formada parceria supervisionada pelo chefe Bogo, um búfalo. Há problemas, pois ela se sente oprimida e ele atribui as sistemáticas piadas que faz à causa de uma infância traumática. Vindo de amplo contato com o submundo, Nick contrasta com a interiorana coelha, mas eles estão blindados pelo pré-requisito máximo na acolhedora cidade de Zootopia, que zela pela coexistência de espécies dando sequência à aventura do roteirista Jared Bush (codiretor do filme, ao lado de Byron Howard). Depois de um flagrante problema, em missão conjunta, os novatos veem a parceria posta à prova por um gabinete de crise.
Se dois fazem a diferença e três, história, como defende um personagem do filme que prolonga o êxito de Zootopia (premiado com o Oscar de melhor animação em 2017), a continuação está apinhada de história e bons personagens. As origens das paredes climáticas (defendidas em antigo diário, exposto em museu), que asseguram a livre circulação de linces, cabras (sob a dublagem de Jean Reno), castores (a agitada Nibbles) e zebras.
Ambiente rico em socialização, e, na esfera policialesca, salpicado por crimes que não prescrevem, Zootopia terá as origens colocadas em xeque pela poderosa família Lynxley (toda de parentes do lince Patalberto) e por predadores repudiados, leia-se o enorme contingente de cobras expulsas do bom convívio geral.
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Com trama que explora a expansão da Tundralândia e um processo de degradação para a região chamada Feira do Brejo, Zootopia 2 destaca-se pela cantoria de Shakira, pela carismática figura da cobra Gary (atrapalhada sempre pelo antídoto que carrega) e ainda pelas citações a O iluminado. Junto com uma carga pesada de ação que prende, o filme cresce pelas camadas de chacotas generalizadas e pelo desenvolvimento de personagens como leões marinhos e o singular camaleão Jesús.
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