Herança da culinária italiana, as massas também são amadas pelo público brasileiro. De Norte a Sul, é comum encontrar em reuniões familiares macarronadas, lasanhas e nhoques, que, com o toque do tempero nacional, ganharam a cara do país. O alimento é a escolha ideal para um almoço de domingo sofisticado ou uma opção mais rápida e simples para a correria do dia a dia. Em Brasília, as receitas tradicionais fazem parte do menu dos mais diversos tipos de restaurantes.
Para a chef Soraya Amorim, do Benita Paninoteca, são vários os segredos por trás de uma massa bem-feita. "Ingredientes selecionados, boas receitas, respeito ao tempo de preparo e cozimento", lista. Segundo ela, quando o assunto é o alimento, a parmegiana com talharim e nhoque com ragu costumam ser os pratos preferidos do brasiliense.
À base de tomate, queijos, carnes ou vegetais, os molhos também são essenciais nas receitas de massas, responsáveis por uma extensa combinação de sabores. "O brasileiro costuma gostar de mais molho, e acredito que seja pelo costume — desde pequeno, comemos aquela macarronada com bastante molho das nossas avós", avalia o chef Marcello Lopes, do Italianíssimo.
Dos pães às massas
A Benita Paninoteca surgiu como uma fábrica improvisada de pães, onde as receitas eram realizadas em um quarto de empregada e os pedidos, entregues em casa. Com o aumento da clientela, foi construída uma cozinha industrial na garagem e, após a pandemia, a casa finalmente ganhou um espaço físico para os clientes, na Quituart. A loja da Asa Sul, por sua vez, foi inaugurada em dezembro passado.
Para além dos pães, a Benita conta com diversas opções de massas no menu, resultados de receitas de família. Quem faz o molho de tomate da casa, por exemplo, é o pai da chef do restaurante, Soraya Amorim. Os destaques ficam por conta do nhoque com ragu (R$ 46) e da lasanha de carne assada (R$ 62), mistura entre peito bovino e costelinha defumada. Todas as massas são feitas artesanalmente.
Para harmonizar, a sugestão fica por conta do vinho tinto Monte da Cal Colheita Selecionada (R$ 107).
Receita de família
Nascido em Carpineti, comuna de 2 mil habitantes no Norte da Itália, Gianfranco Giannella, proprietário do Pepe Nero, traz para a capital federal receitas de família passadas de geração em geração. "Tudo que aprendi foi no hotel da minha família, La Ruota, aberto desde 1963. Aqui, trazemos esse clima de hotel, mais intimista. Abrimos a porta da nossa casa, não somente de um restaurante", descreve Gianfranco, também conhecido como Matteo.
No menu, o carro-chefe são as lasanhas — à bolonhesa (R$ 46) e de camarão (R$ 48). Outro grande destaque é o fettuccine matriciana (R$ 64), macarrão com molho artesanal de tomate e bacon, acompanhado por filé- mignon. Segundo o proprietário, os pratos vão bem com a cerveja artesanal da casa (R$ 14) ou com o vinho Primitivo de Puglia (R$ 98).
Todas as massas e molhos da casa são artesanais. "Além da tradição, também sempre buscamos inovar com novos pratos e produtos. Em breve, abriremos uma gelateria/cafeteria com pães de fermentação natural", adianta o proprietário.
União de sabores
As experiências vividas pelo chef Marcello Lopes durante estada na Austrália foram a fonte principal de inspiração para a criação do Italianíssimo, restaurante localizado na 412 Norte. "Trabalhei por quatro anos em um restaurante chamado Belíssimo, daí o nome Italianíssimo", compartilha. "Na cozinha, eram quatro chefs italianos, então acabei aprendendo um pouco da língua e dos segredinhos das massas e dos pratos", revela.
No coração do país, a casa italiana, portanto, mescla os sabores da culinária europeia com o que há de melhor da cozinha nacional. "Aqui, a gente coloca um pouquinho da cultura brasileira, o tempero de alho, cebola, pimenta e ervas", exemplifica o chef.
No menu da casa, o destaque é o filetto in crosta (R$ 89,90), filé em crosta de macadâmia ao molho roti, acompanhado por fettuccine ao molho funghi trufado. "A massa é feita no próprio restaurante, temos uma máquina italiana que nos permite fazer essa produção internamente", conta Marcello. "Para harmonizar, os clientes costumam preferir um vinho mais expressivo, com mais corpo, então a sugestão é uma taça de Malbec
(R$ 24,90)", acrescenta.
Outra pedida dos clientes é o espaguete à carbonara (R$ 77,90), releitura do tradicional prato italiano, com creme de grana padano, gema de ovo caipira, guanciale e farofa de bacon crocante.
Toque parisiense
Inspirado nos cafés e bistrôs parisienses, o La Fleur conta com um menu diversificado, que abrange desde crepes e waffles, até pratos mais sofisticados, como os risotos. "O restaurante foi criado para ser o característico bistrô de vizinhança, com elegante decoração e preços acessíveis. Algo para se frequentar e não apenas visitar. Alguns clientes vão ao nosso bistrô de duas a três vezes por semanas", garante o proprietário Marcos Birbeire.
Entre os pratos principais, o carro-chefe da casa são os nhoques, feitos com batata-doce e o mínimo de farinha. Ao molho de tomate (R$ 44), quatro queijos (R$ 48), de filé au poivre (R$ 54) e camarão ao curry (R$ 58) são algumas das opções de sabores dos pratos. Para harmonizar, Marcos indica rótulos de vinhos verdes ou brancos, que saem a partir de R$ 82.
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