CORREIO TALKS

Líder do governo critica atraso da Anvisa na liberação de vacinas

"Não vejo compromisso total da Anvisa com o país", diz deputado Ricardo Barros (PP-PR) nesta terça-feira (8/6), durante o seminário virtual "Indústria em Debate: por uma reforma tributária ampla"

Rosana Hessel
postado em 08/06/2021 12:06 / atualizado em 08/06/2021 21:22
 (crédito: Ed Alves/CB/D.A Press)
(crédito: Ed Alves/CB/D.A Press)

O líder do governo na Câmara dos Deputados, Ricardo Barros (PP-PR), não poupou críticas à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) pela demora na liberação das vacinas. “Não vejo compromisso total da Anvisa com o país, apesar de o presidente Jair Bolsonaro falar que vai respeitar as decisões da agência”, afirmou Barros. Ele participou nesta terça-feira (8/6) do seminário virtual Correio Talks, “Indústria em Debate: por uma reforma tributária ampla”, realizado pelo Correio Braziliense, em parceria com a Confederação Nacional da Indústria (CNI). “Não vejo responsabilidade com o Brasil”, acrescentou.

De acordo com Barros, o governo tem interesse em avançar na reforma tributária e tem as prerrogativas na política econômica: “redução do endividamento do país e redução do desemprego”.

No contexto da reforma tributária, existem dois objetivos do presidente Jair Bolsonaro, segundo ele. “O governo tem um mantra: não tem aumento de carga tributária e não tem fura teto”, afirmou, acrescentando que o governo tem interesse em avançar com essa agenda, que vem sendo travada pelo interesse das corporações, como ocorre no caso da reforma administrativa. “Até quando vamos sofrer ataques das corporações que não querem abrir mão dos privilégios?”, questionou.

“Essa reforma administrativa que está aí ainda é muito amigável às corporações”, avaliou o conselheiro emérito da CNI, Armando Monteiro, que também participou do evento, na sequência.

Durante a sua apresentação, o parlamentar fez questão de afirmar que o governo conseguiu vários avanços na agenda de reformas macro e microeconômicas na Câmara, e teve duas derrotas, relacionadas às corporações. Como exemplo de avanços, ele citou temas como a reforma previdenciária, autonomia do Banco Central, novo marco legal do saneamento básico, e nova lei da cabotagem.

Além de do líder do governo na Câmara e do conselheiro da CNI, participaram do evento o senador Roberto Rocha (PSDB-MA), Melina Rocha, professora e consultora especializada em IVA/IBS, o deputado Alexis Fonteyne (Novo-SP) e o economista Bernard Appy, diretor do Centro de Cidadania Fiscal (CCiF).

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