CONJUNTURA

Balança comercial registra superavit de US$ 4,32 bilhões em setembro

De janeiro a setembro de 2021, saldo positivo acumulado atingiu US$ 56,433 bilhões. Valor é o maior da série histórica para o período

Fernanda Strickland
postado em 01/10/2021 18:17 / atualizado em 01/10/2021 18:19

A balança comercial registrou superavit de US$ 4,322 bilhões em setembro de 2021. Os dados foram divulgados pelo Ministério da Economia nesta sexta-feira (1º/10). Em setembro comparado a igual mês do ano anterior, as exportações cresceram 33,3% e somaram US$ 24,28 bilhões.

O superavit ocorre quando as exportações superam as importações — ou seja, o saldo fica positivo. Entretanto, quando as importações superam as exportações, registra-se deficit comercial.

Segundo a pasta, as importações cresceram 51,9% e totalizaram US$ 19,96 bilhões. Assim, a balança comercial registrou superavit de US$ 4,32 bilhões , com queda de -15,0%, e a corrente de comércio aumentou 41,1%, alcançando US$ 44,25 bilhões. Na média diária, o saldo positivo é 15% menor ao registrado em setembro do ano passado. Naquele mês, em 2020, o superavit chegou a US$ 5,1 bilhões.

No acumulado Janeiro/Setembro de 2021, em comparação a igual período do ano anterior, as exportações cresceram 36,9% e somaram US$ 213,22 bilhões. As importações cresceram 36,4% e totalizaram US$ 156,79 bilhões. Como consequência destes resultados, a balança comercial apresentou superavit de US$ 56,43 bilhões , com crescimento de 38,3%, e a corrente de comércio registrou aumento de 36,7%, atingindo US$ 370,01 bilhões.

Em 2021, as exportações atingiram US$ 24,284 bilhões em setembro. Já as importações chegaram a US$ 19,962 bilhões no mês. De acordo com o subsecretário de Inteligência e Estatísticas de Comércio Exterior, Herlon Brandão, o recorde foi impulsionado principalmente pela indústria extrativa e pela indústria de transformação.

"As exportações foram impulsionadas pela indústria extrativa, que vem crescendo significativamente ao longo do ano e aumentou 41,1% no comparativo com setembro de 2020, e também pela indústria de transformação, que teve 36,2% de crescimento", disse Brandão.

Para Paulo Gala, o resultado da balança comercial foi impressionante. “A gente caminha em 2021 para ter o melhor ano da história do Brasil em termos de resultado externo de balança comercial. Com isso, a gente tem superavit de setembro, de US$ 4,3 bilhões, já fechado. O saldo da balança comercial do ano já vai a US$ 56 bilhões. Isso é maior do que o superavit de qualquer ano do Brasil, de toda a história do Brasil, no ano inteiro fechado”, comentou.

Ainda faltam três meses para acabar o ano e, segundo Gala, já temos um valor de balança comercial em bilhões de dólares maior do que qualquer ano da história brasileira. “No ano passado, para se ter uma ideia, nosso saldo da balança comercial ficou em US$ 50 bilhões. Este ano, o saldo da balança deve ir para US$ 60 bilhões, mais de US$ 70 bilhões. Com o número de exportação também impressionante da ordem, é bastante possível a gente atingir US$ 280 bilhões”, afirmou.

Janeiro a setembro

Os dados mostram que no acumulado Janeiro/Setembro 2021, em comparação com igual período do ano anterior, os resultados por setores foram os seguintes: crescimento de 21,2% em Agropecuária, que somou US$ 45,12 bilhões; crescimento de 76,6% em Indústria Extrativa, que chegou a US$ 62,28 bilhões e, por fim, crescimento de 26,7% em Indústria de Transformação, que alcançou US$ 104,70 bilhões. A associação destes resultados levou ao aumento do total das exportações.

A balança comercial apresentou que esta conjuntura de crescimento nas exportações foi influenciada pelo crescimento das vendas nos seguintes produtos: Café não torrado (16,6%), Soja (26,9%) e Algodão em bruto (27%) na Agropecuária; Minério de ferro e seus concentrados (110,2%), Minérios de cobre e seus concentrados (48,6%) e Óleos brutos de petróleo ou de minerais betuminosos, crus (46%) na Indústria Extrativa ; Farelos de soja e outros alimentos para animais (excluídos cereais não moídos), farinhas de carnes e outros animais (26,3%), Óleos combustíveis de petróleo ou de minerais betuminosos (exceto óleos brutos) (37,4%) e Produtos semi-acabados, lingotes e outras formas primárias de ferro ou aço (87,8%) na Indústria de Transformação.

Por sua vez, ainda que o resultado das exportações tenha sido de crescimento, os seguintes produtos tiveram diminuição: Animais vivos, não incluído pescados ou crustáceos (-51,7%), Arroz com casca, paddy ou em bruto (-65%) e Milho não moído, exceto milho doce (-21,6%) na Agropecuária; Outros minérios e concentrados dos metais de base (-42,3%) e Gás natural, liquefeito ou não (-99,9%) na Indústria Extrativa ; Tabaco, descaulificado ou desnervado (-9,2%), Tubos e perfis ocos, e acessórios para tubos, de ferro ou aço (-20%) e Motores e máquinas não elétricos, e suas partes (exceto motores de pistão e geradores) (-42,5%) na Indústria de Transformação.

 

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