Tributos

Setores que criticam reforma estão "desinformados", diz presidente da Fiesp

Em reunião com o GT da reforma tributária do Congresso, nesta segunda-feira (3/4), Josué Fomes defendeu ainda que a indústria não pode sofrer aumento da alíquota para compensar setores com exceção tributária

Victor Correia
postado em 03/04/2023 12:39 / atualizado em 03/04/2023 12:39
 (crédito: Reprodução/Youtube @Fiesp)
(crédito: Reprodução/Youtube @Fiesp)

O presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Josué Gomes, declarou nesta segunda-feira (3/4) que os setores que criticam a reforma tributária por causarem aumento da tributação estão “desinformados” ou “não estão com as contas certas”. Ele defendeu ainda que a reforma tenha exceções a setores importantes, como o de alimentos, mas que a indústria “não pode admitir” um aumento de alíquota ao setor para compensar as exceções.

Muitos setores hoje, talvez por estarem desinformados, talvez por não estarem com as contas certas, acham que o IVA (Imposto de Valor Agregado) vai trazer aumento de carga tributária sobre eles. Isso não é verdade”, declarou Josué na sede da Fiesp, em encontro com parlamentares do Grupo de Trabalho que debate a reforma no Congresso.

Segundo representantes do setor de serviços, a reforma que está em debate atualmente pode ser prejudicial e acarretar em um aumento na cobrança de impostos. “O setor de serviços questiona que vai ter sua tributação aumentada. A rigor, o maior consumidor de serviços é a indústria. Na medida em que a gente tem um IVA, o custo do serviço para a indústria cai”, declarou o presidente da Fiesp. Em sua avaliação, a reforma será positiva para toda a economia brasileira.

Josué também admitiu que alguns setores como alimentos básicos e saúde precisam de exceções tributárias, com redução de impostos. “Mas não podemos admitir que a alíquota suba para os bens da indústria de transformação de maneira a compensar as necessárias e justificadas exceções que teremos”, frisou.

Diálogo

O presidente da Fiesp também citou as manifestações que ocorrem na França por conta da reforma da Previdência que está sendo tocada pelo governo francês. Nas últimas semanas, o país tem enfrentado fortes manifestações populares contra a medida, incluindo queimas de carros. Para Josué, os protestos ocorrem porque faltou diálogo sobre a medida, o que não é o caso da reforma tributária no Brasil.
“Nós tivemos uma reforma do sistema previdenciário quatro anos atrás sem problemas, e até com apoio popular”, afirmou.

Participaram do encontro o coordenador do GT da reforma tributária, deputado Reginaldo Lopes (PT-MG), o relator da medida, Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), os deputados Ivan Valente (Psol-SP) e Tabata Amaral (PSB-SP), entre outros integrantes do grupo.

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