Minha Casa, Minha Vida

Governo estuda aumentar subsídio e reduzir juros do Minha Casa, Minha Vida

A ideia, segundo o ministro das Cidades, Jader Filho, é subsidiar até 100% da entrada na compra de um imóvel. Para isso, será necessária a participação de estados e municípios

Rafaela Gonçalves
postado em 11/04/2023 12:54 / atualizado em 11/04/2023 12:54
 (crédito:  LR Moreira/FNP)
(crédito: LR Moreira/FNP)

O ministro das Cidades, Jader Filho, afirmou nesta terça-feira (11/4) que o governo estuda mudanças nas faixas 2 e 3 do Minha Casa, Minha Vida para aumentar o número de pessoas que conseguem acessar o programa habitacional através do Fundo de Garantia sobre Tempo de Serviço (FGTS).

“Estamos discutindo uma solução, a pedido do presidente Lula, junto com a Casa Civil”, disse o ministro durante evento da Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc), realizado em São Paulo.

A ideia, segundo ele, é subsidiar até 100% da entrada na compra de um imóvel, mas, para isso, será necessária a participação de estados e municípios. Além disso, o governo pretende aumentar o número de parcelas do financiamento, para diminuir o valor da prestação, e também diminuir a taxa de juros em algumas regiões.

“Muitas vezes as pessoas não acessam os empreendimentos de vocês porque não têm condições de dar a entrada”, enfatizou Filho aos empresários. “Às vezes, elas pagam aluguéis mais caros do que o valor da prestação. Se a gente estender as parcelas e diminuir a taxa de juros, além de aumentar o subsídio, a gente abre para mais pessoas. Gera mais oportunidades para vocês.”

O ministro disse ainda que o governo buscará a colaboração com programas habitacionais de governos estaduais e municipais, como o Casa Paulista e o Pode Entrar, tocados pelo Estado e pela cidade de São Paulo, por exemplo.

Novas contratações

Jader Filho afirmou que o governo deve publicar nos próximos dias as especificações para a contratação de novas unidades habitacionais na Faixa 1 do Minha Casa, Minha Vida, destinada à famílias com renda mensal bruta total de até dois salários mínimos (R$ 2.640). "Nos últimos quatro anos, não foi contratada uma única casa na faixa”, destacou o ministro, citando o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que extinguiu a faixa de contratação. “Deixar de atender as pessoas que mais precisam é crime, é uma falta de sensibilidade gravíssima”, acrescentou.

Ainda segundo ele, o programa tem hoje 186 mil unidades contratadas, destas 83 mil estavam com as obras paradas no começo do ano. "Já retomamos obras em 11 mil nesses primeiros 100 dias de governo. Entregamos mais de 6 mil unidades", disse Jader Filho, que reforçou a promessa do governo federal de entregar 2 milhões de unidades habitacionais nos próximos 4 anos e pediu o apoio dos empresários. “Esta meta só vamos atingir se a gente tiver o apoio de vocês”, afirmou.

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