Pesquisa Mensal de Serviços

Após atingir recorde histórico em dezembro, setor de serviços cai 3,1% em janeiro

A maior influência negativa no resultado do primeiro mês do ano veio do setor de transportes, serviços auxiliares aos transportes e correios, que registraram queda de 3,7% em janeiro

Fernanda Strickland
postado em 14/04/2023 09:59 / atualizado em 14/04/2023 10:00
 (crédito: ED ALVES/CB/D.A.Press)
(crédito: ED ALVES/CB/D.A.Press)

O volume de serviços caiu 3,1% em janeiro de 2023, ante dezembro de 2022, quando alcançou o ponto mais alto da série histórica. Os dados são da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), divulgada nesta sexta-feira (14/4) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Esta é a primeira divulgação da nova série da pesquisa, que passou por atualizações na seleção da amostra de empresas, ajustes nos pesos dos produtos e das atividades, além de alterações metodológicas, para retratar mudanças econômicas na sociedade. São atualizações já previstas e implementadas periodicamente pelo IBGE.

Frente a janeiro de 2022, o volume de serviços avançou 6,1%, vigésima terceira taxa positiva consecutiva. Segundo o gerente da PMS, Rodrigo Lobo, a queda verificada em janeiro elimina o ganho acumulado de 3,0% observado nos meses de novembro e dezembro de 2022, mas ele ressalta que a base de comparação se encontrava em um patamar elevado.

“O setor de serviços continua muito próximo do seu ponto mais alto da série, alcançado no mês passado, o que o coloca em um patamar 10,3% acima do nível pré-pandemia”, analisa Lobo.

Destaque

A maior influência negativa no resultado do mês veio do setor de transportes, serviços auxiliares aos transportes e correios, registrando queda de 3,7% em janeiro. “A queda do setor é explicada pela parte de armazenagem, que recuou 9,0%, com destaque negativo para gestão de portos e terminais; assim como o transporte aéreo de passageiros, que recuou 5,9% no mês”, destaca.

Também mostrou destaque negativo o setor de outros serviços, com -9,9% em janeiro de 2023 na comparação com dezembro de 2022, quando havia subido 9,4%. O analista esclarece, porém, que o movimento de retração decorre de receitas atípicas recebidas no mês anterior pelas empresas que atuam nos segmentos de serviços financeiros auxiliares.

“No mês dezembro, frequentemente, há o recebimento de bônus por performance. Com isso, temos uma base de comparação elevada, ocasionando uma queda em janeiro, quando esse adicional de receita não está mais presente no faturamento das empresas do segmento”, comenta.

No sentido oposto, serviços de informação e comunicação e os prestados às famílias registraram alta de 1,0% para o mês. O primeiro setor recuperou parte da queda (-2,5%) verificada nos dois últimos meses de 2022 e teve como destaque a alta observada em telecomunicações (8,1%) e em serviços de TI (3,6%). Já os serviços prestados às famílias assinalaram o segundo resultado positivo seguido, acumulando ganho de 3,5%.

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