Mercado sobe projeção da inflação de 2023 para 6,05% e a do PIB vai a 1,00%

A meta de inflação perseguida pelo BC é de 3,25% em 2023, e de 3,00% em 2024 e 2025, sempre com margem de 1,5 p.p. para cima ou para baixo

Rafaela Gonçalves

postado em 02/05/2023 09:54 / atualizado em 02/05/2023 09:56

(crédito: Marcelo Casal/Agência Brasil)

A projeção de inflação para 2023 voltou a subir pela quinta semana consecutiva, passando de 6,04% para 6,05%. Os dados são do Relatório Focus, divulgados pelo Banco Central (BC) nesta terça-feira (2/5). Para 2024, a mediana para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) manteve-se em 4,18%. Para 2025, permaneceu em 4,00%.

A meta de inflação perseguida pelo BC é de 3,25% em 2023, e de 3,00% em 2024 e 2025, sempre com margem de 1,5 p.p. para cima ou para baixo. A mediana das estimativas para a taxa básica de juros (Selic) manteve-se em 12,50% no fim de 2023, 10,00% no de 2024 e 9,00% em 2025.

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A projeção para o crescimento da economia brasileira em 2023 subiu, passando de 0,96% para 1,00%. Para 2024, a mediana das expectativas para a expansão do Produto Interno Bruto (PIB) manteve-se em 1,41%. Para 2025, subiu de 1,70% para 1,80%.

No ano passado, o PIB brasileiro avançou 2,9%, após encolher 0,2% no quarto trimestre, ante o terceiro, na série com ajuste sazonal. O PIB do primeiro trimestre deste ano será divulgado no dia 1º de junho pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Outras projeções

O Relatório Focus manteve a mediana das estimativas para o dólar no fim deste ano em R$ 5,20. Para 2024, a projeção para a moeda norte-americana também permaneceu em R$ 5,25 e para 2025, ficou em R$ 5,30.

As projeções do resultado primário deste ano foram mantidas em -1,0% do PIB e -0,80% do PIB em 2024. Para 2025, o indicador mostrou ligeira piora, passando de -0,37% do PIB para -0,40% do PIB. No entanto, a estimativa para 2026 melhorou, passando de -0,20% do PIB para -0,15% do PIB.

Para a dívida líquida do setor público, a projeção para este ano foi reduzida de 61,0% do PIB para 60,55%, enquanto a de 2024 foi mantida em 64% do PIB. Para 2025, a estimativa caiu de 67,10% para 67,0% e a de 2026 recuou de 67,20% para 67,0% do PIB.