Holding familiar

Entenda porque o patrimônio de Larissa Manoela ficava em uma empresa

O Dalari na verdade era um holding familiar, uma maneira de separar e administrar o patrimônio de uma família, com o objetivo de separar o patrimônio empresarial do pessoal

A administração do capital de Larissa Manoela era feita por um holding familiar intitulada Dalari. -  (crédito: Reprodução/Instagram pessoal)
A administração do capital de Larissa Manoela era feita por um holding familiar intitulada Dalari. - (crédito: Reprodução/Instagram pessoal)
Francisco Artur
postado em 15/08/2023 22:56 / atualizado em 15/08/2023 23:46

A atriz e cantora Larissa Manoela, 22 anos, contou em entrevista ao programa Fantástico, da TV Globo, ter rompido com os pais, Gilberto e Silvana Elias dos Santos. Além disso, a artista revelou ter aberto mão de um patrimônio de R$ 18 milhões, acumulado durante 18 anos de carreira.

Na entrevista, Larissa expôs também que a administração do capital dela era feita por uma empresa, um holding familiar intitulada Dalari.

A  holding familiar consiste em uma estrutura jurídica que visa gerir o controle de bens da família e separar o patrimônio empresarial do pessoal. Além de dinheiro em conta, esses bens podem ser imóveis, empresas de diversos setores e investimentos, por exemplo. 

Entenda como o holding é usado para gerir patrimônios

  • Impostos

A opção por colocar os bens da família em uma holding perpassa pelo planejamento tributário do patrimônio.

Em relação aos impostos, no caso de uma holding familar, a tributação incidiria sob a pessoa jurídica, não em cima da pessoa física. Isso significa que, para CNPJs, os tributos tendem a ser menores do que quando aplicados aos CPFs. Atualmente, as faixas de cobrança do Imposto de Renda retido na fonte de uma pessoa física podem atingir 27,5%.

Na pessoa jurídica, segundo a Receita Federal, os tributos são menores e podem incidir por volta de 11,33% na holdings familiares que são tributadas por meio do enquadramento tributário do lucro presumido.

  •  Separação do patrimônio pessoal do empresarial

A adoção de uma holding para gerir o patrimônio da família pode reduzir riscos em caso de divergências ou dívidas. Isso porque, ao separar o patrimônio das pessoas físicas envolvidas, os bens ficam protegidos de quaisquer intercorrências que possam ocorrer com o CPF destinado a geri-los. 

  • Agilidade

Além de protegê-los contra possíveis irregularidades na pessoa física, a alocação do patrimônio em uma holding familiar faz com haja maior agilidade em processos que porventura podem ser feitos com os bens. Isso ocorre porque uma holding familiar tem seu próprio CNPJ e não dependeria de movimentos tomados por cada CPF.

  • Desentendimentos

O fato de se configurar como uma empresa faz com que as holdings familiares sejam blindadas de eventuais desentendimentos familiares, como divórcio e litígios. É que a divisão de bens nos casos definidos pela holding familiar faz com que os membros já saibam de suas cotas. Isso evita discussões e judicialização entre os herdeiros.

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