Efeitos da guerra

Conflito Israel-Hamas: Brasil não vai se "precipitar", diz Haddad

Diante de previsões de especialistas apontando que o preço do barril do petróleo pode chegar a US$ 100, o ministro pediu calma: "A pior coisa que pode acontecer é tomarmos decisões precipitadas"

Haddad durante coletiva de imprensa do Programa Desenrola -  (crédito: Marcelo Justo/Ministério da Fazenda)
Haddad durante coletiva de imprensa do Programa Desenrola - (crédito: Marcelo Justo/Ministério da Fazenda)
postado em 09/10/2023 12:45 / atualizado em 09/10/2023 12:49

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que o governo não adotará medidas “de maneira açodada” em função do aumento do preço do petróleo no mercado internacional. Perguntado, em entrevista coletiva nesta segunda-feira (9/10), sobre os efeitos da volatilidade em meio ao conflito Israel-Hamas, nos últimos dias, Haddad disse que, antes de adotar qualquer estratégia, é preciso analisar com calma o desenrolar dos acontecimentos.

Diante de previsões de especialistas apontando que o preço do barril do petróleo pode chegar a US$ 100, o ministro afirmou que os preços vinham oscilando. “Na semana passada o petróleo bateu US$ 83. Houve um movimento de acomodação para baixo. A pior coisa que pode acontecer é tomarmos decisões precipitadas, pondo em risco a política.”

Haddad reconheceu, no entanto, que o cenário externo é grave e garantiu que o governo brasileiro está acompanhando a situação. “Nós não vamos sair tomando medidas de forma açodada, sem analisar os desdobramentos desses episódios, que preocupam”, disse. Lembrando que os acontecimentos externos já vinham ruins e “cada vez mais, pioram”, continuou.

E salientou que o Brasil precisa dar continuidade à agenda econômica para blindar o país das influências externas. “Quando você tem uma tempestade fora de casa, você protege a sua casa”. “Nós temos que proteger a economia brasileira”, emendou.

Otimismo no governo

Já sobre os termos de aprovação das propostas encaminhadas pelo governo, o ministro afirmou estar confiante de que o segundo semestre será “tão proveitoso quanto o primeiro”. E citou o Projeto de Lei de taxação das grandes fortunas, em tramitação na Câmara, e a reforma tributária, que está no Senado.

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