G20

Campos Neto sobre inflação: "Ainda há trabalho a ser feito"

Em reunião do G20, o chefe da autoridade ressaltou que existem muitas provas de que a inflação tem um impacto negativo nos níveis de pobreza

Presidente do BC defendeu iniciativas de inclusão financeira como pilar central das reuniões desta semana no Brasil -  (crédito:  Paulo Pinto/Agência Brasil)
Presidente do BC defendeu iniciativas de inclusão financeira como pilar central das reuniões desta semana no Brasil - (crédito: Paulo Pinto/Agência Brasil)
postado em 28/02/2024 14:30 / atualizado em 28/02/2024 14:31

Durante a abertura da reunião entre ministros das Finanças e presidentes de bancos centrais do G20, em São Paulo, o presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, destacou os principais riscos no cenário econômico e afirmou que ainda há trabalho a fazer para baixar a inflação no Brasil e no mundo.

“Depois da ação sincronizada por bancos centrais, vimos uma redução progressiva da inflação, mas esse processo ainda não acabou, ainda há trabalho a ser feito na última milha e os riscos permanecem à frente”, disse, nesta quarta-feira (28/2).

Campos Neto ressaltou que existem muitas provas de que a inflação tem um impacto negativo nos níveis de pobreza, prejudicando desproporcionalmente os mais vulneráveis. “A maior contribuição da política monetária para o crescimento econômico sustentável, o baixo desemprego, o aumento do rendimento real e a melhoria das condições de vida das pessoas é manter a inflação baixa, estável e previsível”, defendeu.

O chefe da autoridade monetária expressou a necessidade de políticas fiscais e monetárias bem calibradas para gerar crescimento sustentável. Segundo ele, bancos centrais de todo o mundo estão comprometidos em combater a inflação, e somente a estabilidade de preços permitirá um crescimento global estável no longo prazo, diminuindo a desigualdade social.

Inclusão financeira

Na ocasião, o presidente do BC defendeu as iniciativas de inclusão financeira como pilar central das reuniões desta semana e afirmou que esse é um “poderoso motor de crescimento econômico e progresso social”.

E reforçou as prioridades do Brasil à frente do grupo na luta contra a pobreza e a desigualdade. “Sob a presidência brasileira do G20, a inclusão financeira será um pilar central para promover desenvolvimento e reduzir a desigualdade.”

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