A Confederação Nacional das Seguradoras (CNseg) informou que os sinistros acionados no Rio Grande do Sul devido às enchentes que afetaram o estado somam até o momento um impacto de cerca de R$1,673 bilhão.
Até quinta-feira (23/5), 23.441 sinistros foram reportados pelos gaúchos. O número deve crescer nos próximos meses, pois apenas uma pequena parcela dos clientes acionou as seguradoras, e estas ainda não conseguiram avaliar de forma adequada o custo real das ocorrências.
"Sem dúvida, essa é a maior indenização de um único evento que o setor já enfrentou no país", disse o presidente da CNseg, Dyogo Oliveira, em entrevista coletiva.
O maior valor requisitado pelos gaúchos vem de apólices de automóveis. Foram acionados 8.216 sinistros, o que totaliza um custo estimado em R$557,4 milhões.
No entanto, seguros residenciais e habitacionais foram os mais requisitados pela população gaúcha. Foram 11.396 sinistros informados, com um custo que pode chegar a R$ 239,2 milhões.
De acordo com a CNseg, o agronegócio não foi expressivo ao acionar sinistros. Por enquanto são 993 avisos de sinistro — que totalizam R$47 milhões —, quantidade inferior aos acionados durante as secas de 2022. "Mas, esse número, certamente, será muito maior à medida que os sinistros forem efetivamente avisados e as indenizações estimadas", alerta Oliveira.
Embora os valores sejam altos, a CNseg garantiu que as seguradoras estão com recursos em caixa e conseguem arcar com os sinistros da tragédia.
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