
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial do país, desacelerou para 0,16% em janeiro, ante uma alta de 0,52% em dezembro de 2024. Segundo os dados, divulgados nesta terça-feira (11/2) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), trata-se do menor resultado para o primeiro mês do ano desde 1994, quando teve início o Plano Real.
No ano passado, o índice de preços abriu o ano em 0,42%. Com isso, o acumulado em 12 meses recuou para 4,56%. O alívio foi motivado pelo desconto no valor das contas de luz, entretanto, o resultado foi novamente impactado pelo preço dos alimentos. Dos nove grupos apurados, apenas três registraram recuo no último mês.
Os preços da energia elétrica residencial tiveram queda de 14,21% e exerceram o maior impacto negativo sobre o índice. A retração foi decorrência da incorporação do Bônus de Itaipu, creditado nas faturas emitidas em janeiro.
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O grupo alimentação e bebidas, por sua vez, registrou seu quinto aumento consecutivo, de 0,96%. Nesse grupo, a alimentação no domicílio subiu 1,07%, influenciada pelas altas da cenoura, do tomate e, novamente, do café moído. Já a alimentação fora do domicílio desacelerou de 1,19% em dezembro para 0,67% em janeiro.
Os preços dos transportes também registraram impacto significativo sobre o indicador, com alta de 1,30%, por influência das altas nas passagens aéreas (10,42%) e no ônibus urbano (3,84%).
Resultado por grupos
- Transportes: 1,30%;
- Alimentação e bebidas: 0,96%;
- Saúde e cuidados pessoais: 0,70%;
- Despesas pessoais: 0,51%;
- Educação: 0,26%;
- Habitação: -3,08%;
- Comunicação: -0,17%;
- Vestuário: -0,14%;
- Artigos de residência: -0,09%.
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