Petróleo

Impasse na Margem Equatorial atrasa a transição energética, diz Silveira

O ministro de Minas e Energia voltou a criticar a demora na análise do pedido da Petrobras pelo Ibama e afirmou que o país está impedido de aproveitar as potencialidades da região

O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, afirmou nesta terça-feira (8/4) que o atraso no processo de licenciamento ambiental para exploração de petróleo e gás na Margem Equatorial, na bacia da Foz do Amazonas, tem dificultado o avanço da transição energética no Brasil.

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O ministro voltou a criticar a demora na análise do pedido da Petrobras pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). Segundo ele, esse atraso tem impedido o país de aproveitar o potencial da região.

"Nós compreendemos que o atraso do Ibama na emissão desse licenciamento para pesquisa da margem natural atrasa, inclusive, a transição energética. Porque nós temos naquela região um petróleo descarbonizado, mais leve do que é ofertado hoje ao mundo”, disse durante o Gás Week, evento realizado em Brasília, voltado ao setor de gás natural.

A empresários do setor, Silveira enfatizou que o “petróleo não é uma questão de oferta, é uma questão de demanda”. “Enquanto o mundo demandar, alguém vai ofertar”, destacou. “E não vai ser o povo brasileiro que vai deixar de ofertar o petróleo mais descarbonizado, já que tem tanta expertise, na segurança, tanto de pesquisa quanto de exploração, que vai pagar essa conta”, emendou.

“Não seria razoável com uma empresa com a robustez da Petrobras, com a importância que ela tem para o país, com a sua energia, com a sua expertise, com os melhores técnicos do planeta em exploração e produção, fossem deslocados para poder explorar fora do país”, completou o ministro.

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