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Dólar e Bolsa fecham em alta com expectativa de trégua entre Israel e Irã

Alta do Ibovespa repercutiu a Ata do Copom, que demonstrou preocupação com o quadro fiscal e destacou que o cenário prospectivo de inflação segue desafiador em diversas dimensões

Os desempenhos de Dólar e da Bolsa de Valores desta terça-feira ocorreram em meio ao cessar-fogo entre Irã e Israel após 12 dias de conflito -  (crédito: Reprodução/Stoodi)
Os desempenhos de Dólar e da Bolsa de Valores desta terça-feira ocorreram em meio ao cessar-fogo entre Irã e Israel após 12 dias de conflito - (crédito: Reprodução/Stoodi)

Em dia de recuperação no mercado, o Ibovespa — principal indicador da Bolsa de Valores no Brasil — fechou em alta de 0,45% aos 137.164,61 pontos, nesta terça-feira (24/6). Esse resultado interrompeu queda de quatro pregões consecutivos. Assim como o principal índice da Bolsa brasileira (B3), o dólar comercial encerrou o pregão em alta, com ganho de 0,29%, a R$ 5, 519. 

Os desempenhos de Dólar e da Bolsa de Valores desta terça-feira ocorreram em meio ao cessar-fogo entre Irã e Israel após 12 dias de conflito. Além disso, a alta do Ibovespa desta terça repercutiu a Ata do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central que demonstrou preocupação com o quadro fiscal e destacou que o cenário prospectivo de inflação segue desafiador em diversas dimensões.

Na última quarta-feira (18), o Copom decidiu, por unanimidade, elevar a taxa básica (Selic) em um ritmo menor, de 0,25 ponto percentual, chegando ao patamar dos 15% ao ano. Esse foi o sétimo aumento consecutivo, elevando a Selic ao nível mais alto desde julho de 2006.

Comentário do presidente do Fed

Os mercados internacionais, nesta terça, também foram impulsionados por falas do presidente do Federal Reserve (Fed), Jerome Powell, a parlamentares norte-americanos. De acordo o líder do banco central dos Estados Unidos, o Fed não deverá "ter pressa" para reduzir a taxa de juros no país.

"Se acabar se confirmando que as pressões inflacionárias continuam contidas, então chegaremos a um ponto em que cortaremos os juros, mais cedo do que tarde”, disse Powell, durante painel do Congresso. As declarações de Powell vieram após a decisão do Fed, na semana passada, de manter as taxas de juros inalteradas na faixa de 4,25% a 4,5%. 

Na avaliação do economista Nikolas Lobo, especialista em investimentos da Nomad, as declarações do presidente do Fed mostram que, "apesar da agressiva pressão da Casa Branca por cortes nas taxas, Powell manteve uma postura cautelosa, afirmando que os formuladores de políticas estão bem posicionados para esperar para saber mais sobre o provável curso da economia". 

postado em 24/06/2025 20:25
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