
Durante entrevista ao programa CB.Poder desta segunda-feira (7/7) — uma parceria do Correio com a TV Brasília —, o ex Secretário da Receita Federal Everardo Maciel conversou com os jornalistas Carlos Alexandre de Souza e Mariana Niederauer sobre o imposto em grandes fortunas. Para Maciel, a verdadeira essência do problema é o excesso de gastos.
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“Não tem o menor sentido. Porque quando você fala em taxar uma grande fortuna antes de ser constituída, ela já foi tributada pelos impostos patrimoniais, pelo imposto de renda, pelos impostos incidentes sobre consumo”, ressalta Maciel. Ele acredita que taxar as grandes fortunas não é funcional e que para existir teria que ser implementado uma lei — que de acordo com o ex-secretário não é viável.
“Tudo isso é feito como uma tática diversionista para fugir do assunto, para não tratar daquilo que é a essência de todo o problema: excesso de gastos”, explica. Maciel ainda destaca como excesso de gastos compromete o equilíbrio fiscal e impacta na taxa de juros, na inflação e eleva a relação entre dívida pública e Produto Interno Bruto (PIB).
Segundo o ex-secretário da Receita Federal, a primeira providência a ser tomada é acabar com as fraudes, que atingem Bolsa Família, INSS e até mesmo as emendas parlamentares. “O número de tentativas de fraudes para que isso ocorra, é um número espetacular, todo brasileiro conhece, porque se não é vítima é objeto de uma tentativa de fraude. Isso é muito comum e ninguém dá bola para isso.” ressalta Maciel.
*Estagiário sob supervisão de Ronayre Nunes
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