2º TRIMESTRE 2025

Desemprego atinge menor nível da série histórica e cai em 18 estados

O índice ficou em 5,8%, segundo dados divulgados nesta sexta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)

A taxa de desocupação feminina é de 6,9%, contra 4,8% entre os homens -  (crédito: Cícero/CB/D.A Press - 21/5/13)
A taxa de desocupação feminina é de 6,9%, contra 4,8% entre os homens - (crédito: Cícero/CB/D.A Press - 21/5/13)

O mercado de trabalho brasileiro manteve o ritmo positivo e registrou, no segundo trimestre de 2025, a menor taxa de desocupação desde o início da série histórica da PNAD Contínua, em 2012. O índice ficou em 5,8%, segundo dados divulgados nesta sexta-feira (15/8) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em comparação ao trimestre anterior, o desemprego caiu em 18 das 27 unidades da federação e se manteve estável nas demais nove.

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Pernambuco (10,4%), Bahia (9,1%) e Distrito Federal (8,7%) apresentaram as maiores taxas de desocupação, enquanto Santa Catarina (2,2%), Rondônia (2,3%) e Mato Grosso (2,8%) registraram os menores índices. Os números consideram a reponderação da série histórica feita neste ano, com base nas projeções populacionais que incorporam os resultados do Censo 2022.

Mais vagas e menos procura prolongada por trabalho

A queda no desemprego se refletiu em todas as faixas de tempo de procura por trabalho. Duas delas — entre 1 mês e menos de 1 ano, e entre 1 ano e menos de 2 anos — atingiram o menor contingente para um segundo trimestre desde 2012.

O destaque foi a redução de 23,6% no número de pessoas que procuravam emprego havia dois anos ou mais, totalizando 1,3 milhão no período. Para o analista do IBGE, William Kratochwill, os dados indicam um cenário favorável: “O mercado de trabalho segue aquecido e resiliente, com mais oportunidades absorvendo trabalhadores, inclusive aqueles com mais dificuldade de recolocação”, avaliou.

Apesar da melhora geral, o recorte por gênero mostra que as mulheres seguem enfrentando maiores barreiras. A taxa de desocupação feminina foi de 6,9%, contra 4,8% entre os homens.

No recorte por cor ou raça, brancos (4,8%) apresentaram taxa abaixo da média nacional, enquanto pretos (7,0%) e pardos (6,4%) ficaram acima. A escolaridade também é fator determinante: pessoas com ensino médio incompleto tiveram o índice mais alto (9,4%), e quem concluiu o ensino superior apresentou o menor (3,2%).

Informalidade ainda alta, mas em queda

A taxa de informalidade no país foi de 37,8% no segundo trimestre. O Maranhão lidera o ranking (56,2%), seguido por Pará (55,9%) e Bahia (52,3%). Já Santa Catarina (24,7%), Distrito Federal (28,4%) e São Paulo (29,2%) registraram os menores índices.

Segundo Kratochwill, a tendência é consequência do bom momento do mercado: “O aumento de 1,8 milhão de ocupados, sendo 17,6% informais, contribuiu para reduzir a taxa de informalidade, já que a maior parte das novas vagas foi formalizada.”

O IBGE calcula a taxa de informalidade considerando empregados sem carteira assinada, empregadores e trabalhadores por conta própria sem CNPJ, além de trabalhadores familiares auxiliares.

 

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postado em 15/08/2025 13:54
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