3º BRASÍLIA SUMMIT

X-Via defende integração digital para aproximar governo e cidadão

Durante seu discurso, o presidente da X-Via, Roberto Florentino Jr., apontou três grandes obstáculos enfrentados no processo de digitalização: dados desestruturados, disponibilidade e cultura digital

O presidente da X-Via, Roberto Florentino Jr., defendeu a necessidade de modernização dos serviços públicos por meio da integração de dados e do uso estratégico da inteligência artificial (IA) ao participar do 3º Brasília Summit: Inovação, tecnologia e data centers, evento realizado pelo Lide e pelo Correio.

Florentino Jr. destacou que o propósito da empresa remonta há mais de 15 anos, com o projeto “Integrando o governo e aproximando o cidadão”, registrado em cartório, cujo objetivo é centralizar informações estatais em uma única plataforma digital. O modelo, segundo ele, busca seguir a lógica do Poupatempo de São Paulo, mas em ambiente totalmente digital.

“Queremos que o cidadão consiga acessar todos os serviços sem sair de casa, pelo aplicativo. Esse é o nosso desafio”, afirmou.

O executivo apontou três grandes obstáculos enfrentados no processo de digitalização: os dados desestruturados, disponibilidade e cultura digital. De acordo com Florentino Jr., essa fragmentação custa caro ao Estado. “O Brasil gasta R$ 174 bilhões por ano apenas para provar que o cidadão é quem diz ser”, disse.

Lições internacionais e inovação

A X-Via buscou inspiração em modelos internacionais, sobretudo na Estônia, considerada referência em governo digital. Florentino ressaltou, porém, que a realidade brasileira impõe desafios próprios, já que o país possui sistemas antigos e dispersos.

Ele lembrou que a ONU convidou a empresa no ano passado para apresentar sua solução de integração de dados, considerada aplicável em diferentes países. Entre as inovações, a X-Via desenvolveu um “data lake desestruturado”, capaz de cruzar informações em tempo real com apoio de Inteligência Artificial.

Um exemplo citado foi o da logística de medicamentos: atualmente, um paciente pode esperar até 90 dias para receber remédios, mas a IA identificou que, em certos casos, a distribuidora está localizada a poucos metros da residência do usuário, reduzindo a entrega para apenas um dia.

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