
A inteligência artificial (IA) deixou de ser apenas uma tendência para se tornar peça central no funcionamento do sistema financeiro, afirmou o presidente da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), Isaac Sidney, nesta terça-feira (30/9), durante o Brasília Summit, promovido pelo Lide e pelo Correio Braziliense.
Segundo ele, a tecnologia tem se consolidado como “uma revolução silenciosa”, transformando-se em “uma arma poderosa e irresistível” para os bancos. "É um motor muito potente para que a gente possa redefinir o futuro das finanças", disse Sidney, destacando o impacto da IA no aumento da competitividade, na ampliação da concorrência e no acesso dos brasileiros a serviços financeiros.
Apesar da ênfase no potencial inovador, o presidente da Febraban ressaltou que o avanço tecnológico precisa estar acompanhado de segurança e integridade. "Não pode haver inovação sem que tenhamos os cuidados devidos para prevenção e combate a fraudes, golpes e ataques cibernéticos", alertou.
Sidney afirmou que a Febraban tem atuado em parceria com órgãos como o Ministério Público, a Receita Federal e a Polícia Federal para impedir que o crime organizado utilize o sistema financeiro para lavar dinheiro ou movimentar recursos ilícitos. "Esse dinheiro não é bem-vindo, sobretudo nos bancos que têm um trabalho sério para o desenvolvimento do Brasil", disse.
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Ele elogiou as ações recentes do Banco Central, que, segundo o dirigente, têm elevado "a régua da segurança e da integridade" no setor. Sidney reforçou que controles mais rígidos para entrada e permanência de instituições financeiras no país são fundamentais: "Esse é o momento de depuração. Quem é sério fica, quem não é sai do sistema financeiro nacional."
O presidente da Febraban também destacou a necessidade de fechar brechas usadas pelo crime, como as chamadas "contas laranja" e "contas frias", alugadas para operações ilegais. Para ele, é “inadmissível” que tais instrumentos sigam ativos no mercado.
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