Sistema financeiro

PF amplia o cerco e mira títulos previdenciários negociados pelo Banco Master

Governo do Estado mudou diretores do Rioprevidência antes de investimentos no Banco Master. TCE aponta "notável coincidência" em nomeação de novos diretores

O Banco Master captou quase R$ 2 bilhões junto a fundos de previdência de estados e municípios -  (crédito: Reprodução)
O Banco Master captou quase R$ 2 bilhões junto a fundos de previdência de estados e municípios - (crédito: Reprodução)

A Polícia Federal deve ampliar o escopo das investigações sobre a comercialização de títulos pelo Banco Master que ficaram fora da cobertura do Fundo Garantidor de Créditos (FGC). A instituição financeira captou quase R$ 2 bilhões junto a fundos de previdência de estados e municípios.

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No Rio de Janeiro, o Rioprevidência aparece entre os principais pontos de atenção. Antes da compra dos papéis oferecidos pelo Master, houve uma troca na diretoria de investimentos do fundo estadual.

O Tribunal de Contas do Estado (TCE) também incluiu o caso em sua análise. Em relatório recente, o tribunal apontou uma “notável coincidência” entre a nomeação de novos diretores do Rioprevidência e o início dos investimentos no Banco Master, sugerindo possíveis alinhamentos internos que ainda precisam ser esclarecidos. 

As duas frentes de investigação, da PF e do TCE, agora correm paralelamente e podem ampliar a responsabilidade de gestores públicos e operadores do mercado envolvidos no esquema.

BRB fará auditoria externa 

O Banco de Brasília (BRB) decidiu contratar uma auditoria externa independente para examinar em detalhe possíveis irregularidades nas operações realizadas com o Banco Master. O banco público do Distrito Federal realizou a compra de R$ 12,2 bilhões em carteiras de crédito inexistentes do Master, que tentou justificar a operação junto ao Banco Central (BC) com documentos falsificados.

O procedimento deve revisar contratos, fluxos de negociação, decisões internas e a atuação de gestores envolvidos nas operações, além de avaliar se houve falhas de governança, descumprimento de normas ou eventuais conflitos de interesse. O BRB afirma que a contratação busca garantir transparência, reforçar os mecanismos de controle e colaborar com as autoridades.

A expectativa é que o relatório da auditoria sirva de base para eventuais medidas administrativas e para a definição de responsabilidades dentro da instituição. A análise também deve orientar ajustes nos processos internos do banco, especialmente em operações envolvendo ativos de maior risco.

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postado em 21/11/2025 15:38 / atualizado em 21/11/2025 15:40
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