Ainda não há data de lançamento do Drex, a nova moeda virtual brasileira também chamada de Real Digital. Desde 2020 em fase de testes, a implementação do novo ativo ficou ainda mais incerta após o encerramento da plataforma ‘Drex’, baseada na tecnologia Hyperledger Besu, onde os pilotos da moeda foram desenvolvidos durante a segunda fase do projeto.
Siga o canal do Correio no WhatsApp e receba as principais notícias do dia no seu celular
Durante uma entrevista coletiva na sede do Banco Central em São Paulo, nesta quarta-feira (12/11), o presidente da instituição, Gabriel Galípolo, disse que a situação do Drex é mais complexa que a do Pix parcelado, por exemplo, e que os testes de segurança identificaram problemas — que envolviam falta de garantia necessária à privacidade dos dados — na estrutura utilizada até então nos testes com o Real Digital.
Leia também: "Banco Central não pode brigar com os dados", diz Galípolo sobre inflação
“Então, o que a gente percebeu é que, após quatro anos, uma tecnologia não se revelou viável e que existem hoje maneiras de você conseguir atender isso que a gente quer, que é ter essa rede com ativos tokenizados, com essa questão da certificação, que vai dar segurança e liquidez para que você tome um financiamento ou faça uma transação com smart control de maneira mais simples, com outras tecnologias”, afirmou.
Pragmatismo
Diante disso, o BC ainda deve definir até o ano que vem uma nova tecnologia para o Real Digital, com o objetivo de ser utilizada na fase 3 dos testes. Para o presidente da autarquia, a equipe que realiza o desenvolvimento do Drex está mais “agnóstica” em relação a qual tecnologia usar e que o intuito é garantir que a nova plataforma resolva os desafios de usabilidade para os cidadãos.
“O mandado do Banco Central não é usar uma tecnologia nova. O mandado do Banco Central é: eu quero resolver problemas para a população, que você vê que você precisa complementar a atuação do mercado e facilitar para que o mercado possa desenvolver aquilo, e a área de tecnologia vai te dizer qual é a tecnologia mais adequada para você conseguir fazer aquilo”, acrescentou.
- Leia também: O Pix, o Drex e o futuro do dinheiro: o que as críticas de Trump acertam e o que o Brasil precisa discutir
O presidente do BC ainda evitou comentar sobre uma possível data de lançamento, mas afirmou estar mais confiante após o encerramento dos testes com a tecnologia antiga. Segundo ele, o processo deve ficar mais rápido a partir de agora.
“E o que a gente espera é, a partir do momento que, com essa infraestrutura que é o Drex, a população comece a usufruir de novos serviços e de mais facilidades, que tudo fique mais claro e simples sobre o Drex. E aí isso vai evoluindo” , disse, ainda, o presidente.
Saiba Mais
-
Economia "Banco Central não pode brigar com os dados", diz Galípolo sobre inflação
-
Economia Governo prorroga para 2026 prazo para contestar descontos do INSS
-
Economia Mulheres não podiam ter CPF sem autorização, diz secretária de Justiça
-
Economia "Não é agenda identitária, mas eficiência e resultado", diz head do Lide Mulher
