A Secretaria de Política Econômica (SPE) do Ministério da Fazenda revisou, nesta quinta-feira (13/11), a projeção de crescimento econômico para 2025. De acordo com o Boletim Macrofiscal de novembro, a equipe econômica trabalha com um avanço de 2,2% do Produto Interno Bruto (PIB) do país no ano, ante 2,3% do relatório anterior. Para o ano seguinte, a previsão foi mantida em 2,4%.
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De acordo com a SPE, a revisão do PIB para este ano está relacionada com a perspectiva de um crescimento menor no terceiro trimestre, o que também impacta diretamente as previsões para o trimestre seguinte. Na avaliação por setor, a equipe econômica revisou de 8,3% para 9,5% o resultado para a agropecuária; caiu de 1,4% para 1,3% para a indústria; e recuou de 2,1% para 1,9% para serviços.
A projeção sobre a atividade econômica também está alinhada com os indicadores coincidentes que sugerem uma atividade menos pujante no terceiro trimestre. Na visão da equipe econômica, essa desaceleração já era aguardada devido aos efeitos cumulativos da taxa de juros mais alta, atualmente em 15% ao ano, que restringe o consumo interno.
“Na comparação trimestral, as concessões reais de crédito dessazonalizadas já apresentaram contração em setembro e, no mercado de trabalho, já se verifica redução da população ocupada e desaceleração no ritmo de expansão dos rendimentos, ainda que a taxa de desemprego tenha seguido em patamar historicamente baixo”, destaca, em nota, a SPE.
Inflação menor
A secretaria também revisou a projeção para a inflação em 2025. De acordo com o boletim, a estimativa para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) foi revisada de 4,8% para 4,6%. “A perspectiva de menor inflação no ano reflete efeitos defasados do real mais apreciado; a menor inflação no atacado agropecuário e industrial; e o excesso de oferta de bens em escala mundial como reflexo dos conflitos comerciais”, destaca a SPE.
Segundo o documento, essa estimativa considera uma queda no preço da energia elétrica residencial em dezembro, com a adoção da bandeira tarifária amarela no mês. Para 2026, a projeção caiu de 3,6% para 3,5%, e deve atingir 3,2% no segundo trimestre de 2027.
