TARIFAS

Alckmin diz que ainda há uma distorção a ser corrigida após a redução de tarifas

Setores como o de café e o de carne bovina ainda estão sob taxação de 40%, enquanto outros países concorrentes têm tarifas que chegam a zero

O vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, comemorou a redução de 10% na tarifa de importação dos EUA sobre café, carne bovina e frutas tropicais, como mamão papaya, manga e banana. O também ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços disse que a medida vai na direção correta e deve beneficiar o Brasil. É importante destacar que a redução vale para todos os outros países.

“Então foi positivo e vamos continuar trabalhando. A conversa do presidente Lula com o presidente Trump foi importante no sentido do diálogo e da negociação e também o encontro do chanceler Mauro Vieira com o secretário de Estado Marco Rubio”, destacou o vice, em entrevista coletiva na manhã deste sábado (15/11), no Palácio do Planalto.

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A medida foi anunciada na noite desta sexta-feira (14) pelo presidente dos EUA, Donald Trump. Com a medida, 26% dos produtos brasileiros comercializados com o país norte-americano passam a ficar isentos de tarifa adicional. Antes disso, eram 23%. Isso representa cerca de R$ 10 bilhões em valores obtidos pelas exportações.

Apesar de terem as alíquotas reduzidas, o café e as carnes ainda ficam sujeitos à alíquota de 40% em vigor desde o dia 6 de agosto – esta sim, destinada apenas aos produtos brasileiros. Ao mesmo tempo, outros países que exportam os mesmos itens para os EUA foram beneficiados com tarifa zero, como Colômbia e Vietnã.

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O vice-presidente disse que essa é uma distorção que ainda precisa ser corrigida e que o governo deve seguir em trabalho para reduzir o tarifaço. “O Brasil está aberto ao diálogo e quer resolver, porque quando o produto americano entra no Brasil, dos 10 produtos que eles mais exportam para nós, em 8 a alíquota é zero. E os Estados Unidos têm superávit na balança comercial com o Brasil. O Brasil não é problema, o Brasil é solução”, acrescentou o ministro.

 

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