Selic

Galípolo diz que não vê necessidade de dar dicas sobre futuro dos juros

O presidente do BC voltou a afirmar que enxerga convergência lenta da inflação à meta

O presidente do BC, Gabriel Galípolo, prefere não adiantar previsões e diz que ainda há incerteza sobre quando será o momento ideal para novos cortes na taxa básica de juros -  (crédito:  Ed Alves CB/DA Press)
O presidente do BC, Gabriel Galípolo, prefere não adiantar previsões e diz que ainda há incerteza sobre quando será o momento ideal para novos cortes na taxa básica de juros - (crédito: Ed Alves CB/DA Press)

A taxa básica da economia (Selic) está no patamar de 15% ao ano desde a reunião de junho de 2025 do Comitê de Política Monetária (Copom). Com as previsões de inflação em queda, a ansiedade por saber em que momento haverá novos cortes na Selic fica cada vez mais visível. Apesar disso, o presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, prefere não adiantar previsões e diz que ainda há incerteza sobre quando será o momento ideal.

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“Não é que a gente não está falando para esconder o que a gente vai fazer. É porque a gente realmente está indo a cada 45 dias e vendo o que a gente vai fazer”, disse Galípolo nesta segunda-feira (1º/12).

“Tem aquela piada sobre diversos exércitos — e eu não vou citar quais — que é ‘se você não sabe o que está fazendo, não tem como o seu inimigo adivinhar os seus próximos passos’. Não é bem isso. A gente sabe o que está fazendo, mas a gente ainda não tem a sinalização sobre o próximo passo”, emendou em um momento de descontração.

De acordo com o chefe da política monetária, ainda há um nível de incerteza que faz com que o banco seja mais cauteloso antes de adiantar previsões. Sobre os recentes comunicados do Copom que alertam para um tempo “bastante prolongado” de taxas mais elevadas, ele explica que isso não significa que o Comitê “zera” a cada nova reunião. Apesar disso, o BC ainda observa uma convergência lenta da inflação à meta.

“A gente não quer agregar volatilidade, mas eu não sei se a gente tem a necessidade ou a obrigação de criar algum tipo de código dentro da comunicação do Banco Central que seja alguma coisa que vai telegrafar quando o Banco Central vai fazer algo. Acho que não tem necessidade disso”, completou o presidente do banco.

A nova reunião do Copom ocorre nos próximos dias 9 e 10 de dezembro.

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postado em 01/12/2025 17:05 / atualizado em 02/12/2025 10:48
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