CB.DEBATE - DESAFIOS 2026

Caixa reforça papel social e mira expansão da inclusão em 2026

Presidente da Caixa Econômica Federal, Carlos Antônio Vieira Fernandes, destaca em evento do Correio a trajetória histórica de inclusão do banco e projeta avanço do mercado imobiliário no próximo ano

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Vieira: "Com a política da nova moradia, já ultrapassamos mais de R$ 500 milhões em pouco mais de um mês" - (crédito: Minervino Júnior/CB/D.A Press)

O presidente da Caixa Econômica Federal, Carlos Antônio Vieira Fernandes, falou com a equipe do Correio Braziliense antes de participar do debate Desafios 2026: democracia, desenvolvimento e justiça social no Brasil contemporâneo, que acontece na manhã desta quarta-feira (10/12) no auditório do jornal. Em um momento em que o Brasil busca conciliar crescimento econômico, sustentabilidade e fortalecimento democrático, Vieira destacou que a Caixa chega a esse debate com uma missão clara: ampliar a inclusão e transformar a vida das pessoas.

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O evento reúne autoridades e especialistas para discutir o papel do país em um cenário global marcado por transição ecológica, inovação tecnológica e novos desafios sociais.

Logo no início da conversa, o dirigente ressaltou o impacto das políticas recentes voltadas à habitação. “Com a política da nova moradia, já ultrapassamos mais de R$ 500 milhões em pouco mais de um mês. Na nossa visão, como um banco inclusivo, essa é uma das políticas mais importantes para 2026 e para os anos seguintes”, afirmou.

A agenda de inclusão, segundo ele, não é recente, faz parte da história da Caixa. Vieira relembrou que o banco, ao longo de seus 165 anos, protagonizou momentos decisivos na expansão de direitos. “A Caixa trouxe uma política de inclusão desde os seus primórdios: foi o banco que permitiu que escravizados comparassem sua carta de euforia. Foi o banco que trouxe a percepção da inclusão feminina. Nós fomos o primeiro banco a admitir mulher para trabalhar. Nós fomos o primeiro banco a dar um cartão de crédito à mulher, na década de 70”, elencou.

Fundação Caixa

Vieira reforçou, ainda, que a instituição prepara novos programas voltados especialmente às periferias, um esforço que, segundo ele, depende também da aprovação da Fundação Caixa, hoje parada no Senado Federal. “A Fundação Caixa só depende do Senado. Passou rapidamente pela Câmara, mas está há uns três, quatro meses aguardando. Essa fundação vai permitir trazer educação para as pessoas, discutir pautas periféricas.[…] O Brasil é um país que tem uma periferia enorme, e a Caixa pode continuar tendo esse papel.”

O presidente da Caixa citou como exemplo a inauguração, no Rio de Janeiro, de um espaço voltado à inclusão econômica em comunidades, com foco na economia criativa. A iniciativa reúne parcerias com Sebrae, Senac e Firjan. “É um ambiente que vai permitir inclusão novamente da sociedade, num lugar extremamente criativo como o Rio de Janeiro.”

Carlos Vieira também destacou projetos de reordenamento urbano em áreas históricas da capital fluminense. “O Rio de Janeiro está sendo transformado com a ocupação territorial na região da Pequena África, junto ao Porto Maravilha. Hoje temos 14 mil unidades produzidas, com mais de 90% comercializadas. São formas de fazer o papel de banco social acontecer.”

Ele reforçou que o crédito tem papel indutor do crescimento, especialmente quando direcionado a pequenas empresas e produtores familiares. Ele citou o exemplo de Brazlândia, no Distrito Federal: “O microcrédito destinado às famílias de pequenos produtores já tem afetado de forma significativa o aumento da oferta de produtos e alimentos.”

Segundo Vieira, a meta permanece alinhada ao governo federal. “A Caixa é um banco que tem um propósito muito claro: transformar a vida das pessoas. E entendemos que é dessa maneira que fazemos isso.”

No campo imobiliário, Vieira apresentou dados que mostram expansão. “Em 2023, a Caixa aplicou R$ 180 bilhões no crédito imobiliário. Em 2024, foram R$ 223 bilhões. Este ano acreditamos que vamos passar de R$ 250 bilhões.” As novas medidas anunciadas recentemente devem impulsionar ainda mais o setor. “Elas vieram agora na segunda parte do segundo semestre, e vão permitir gerar novas oportunidades para a construção civil. E a Caixa garante que vai ter fundos suficientes para, novamente em 2026, termos um crescimento muito importante desse segmento.”

Questionado sobre como a Caixa contribui para a democracia e o combate à corrupção, Vieira foi direto: “A Caixa é um banco, e o banco tem o seu papel dentro do contexto social e do desenvolvimento econômico. A gente circunscreve o papel da Caixa dentro da microeconomia: a atuação junto às famílias e às empresas. Esse é o nosso papel.”

Por fim, ao comentar suas expectativas para o debate Desafios 2026: democracia, desenvolvimento e justiça social no Brasil contemporâneo, o presidente do banco destacou o caráter propositivo do encontro. “Todo evento que se destina a fazer um debate propositivo pode contar com a Caixa. A gente deseja muito êxito ao evento”, concluiu.

Correio Braziliense realiza, nesta quarta-feira (10/12),

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postado em 10/12/2025 09:41
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