
O Banco Central (BC) respondeu, na tarde desta segunda-feira (29/12), ao Tribunal de Contas da União (TCU) por qual motivo decretou a liquidação extrajudicial do Banco Master. A manifestação da autoridade monetária ocorreu no último dia do prazo de resposta estabelecido pelo tribunal.
O processo, que corre em sigilo, repercute uma representação formulada pelo Ministério Público junto ao TCU para investigar possíveis falhas na supervisão do Banco Central do Brasil sobre o Banco Master e suas empresas controladas.
O Master foi liquidado pelo BC, em novembro passado, após a autoridade monetária apontar crise de liquidez do banco, além de graves violações às normas que regem a atividade das instituições integrantes do Sistema Financeiro Nacional (SFN).
Essa decisão, para o ministro Jhonatan de Jesus, do TCU, pode ter feito com que o Banco Central desconsiderasse "soluções de mercado" como possíveis caminhos para solucionar a questão do Master. Uma possível solução, comentada por ele em seu despacho, era avaliar a proposta de R$ 3 bilhões para a aquisição do banco feita pela Fictor Holding Financeira, em 17 de novembro.
O Banco Central ainda não se manifestou ao ser questionado pelo Correio sobre o que escreveu em sua resposta ao despacho do TCU. No processo, disponível no site do TCU, é possível checar que a resposta do BC foi incluída no sistema por volta das 16h22 desta segunda.
Investigação
Em meio à liquidação do Master pelo BC, o banco foi alvo da Operação Compliance Zero, da Polícia Federal, que apura fraudes que podem chegar a R$ 17 bilhões. A ação investiga a concessão de créditos falsos pelo Banco Master e a tentativa de compra da instituição pelo Banco de Brasília (BRB).
Os casos que apuram possíveis fraudes no Banco Master e sua liquidação extrajudicial também podem ser discutidos em acareação, marcada para amanhã (30/12), no Supremo Tribunal Federal (STF). Um diretor do Banco Central e um executivo do Master participam da acareação.

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