Sistema financeiro

BC lança ferramenta para bloquear abertura de contas falsas

Nova sistema BC Protege+ permite bloquear aberturas de contas, enquanto bancos serão obrigados a encerrar contas-bolsão usadas em fraudes

Entra em vigor nesta segunda-feira (1º/12) o BC Protege+, novo sistema de segurança do  Banco Central (BC) que permite aos clientes bloquear a abertura de contas em seus nomes, buscando reforçar a proteção dos usuários e reduzir fraudes no sistema financeiro. 

A adesão é voluntária e o serviço poderá ser acessado pelo portal Meu BC, que já reúne ferramentas como o Registrato e o Sistema de Valores a Receber (SVR).

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Com a implementação da ferramenta, todas as instituições financeiras passam a ser obrigadas a consultar o BC Protege+ antes de abrir contas de depósito, poupança ou contas de pagamento pré-pagas. A checagem deve ser feita de forma prévia e obrigatória por todos os bancos, conforme resolução do BC.

Como funciona 

O serviço gratuito permite que pessoas e empresas comuniquem ao sistema financeiro que não desejam a abertura de conta ou sua inclusão como titular ou representante em contas, restringindo contratações. 

O cliente registra, de forma voluntária, que não deseja abertura de novas contas ou inclusão como representante ou titular em contas de terceiros. A consulta por parte das instituições é obrigatória antes de formalizar qualquer abertura de conta nos modelos previstos.

O Protege+ integra o pacote de reforço à segurança iniciado em outubro, que inclui rastreamento automático do caminho dos recursos e melhorias no botão de contestação de transações suspeitas, agora disponível diretamente nos aplicativos dos bancos.

Contas-bolsão

Além da nova ferramenta, passa a valer também o fim das chamadas contas-bolsão, usadas para movimentar dinheiro de terceiros e frequentemente associadas a esquemas criminosos. 

As instituições financeiras serão obrigadas a encerrar esse tipo de conta, que dificulta o rastreamento de recursos e já apareceu em investigações como as operações Carbono Oculto, ligada ao PCC, e Poço de Lobato, sobre o Grupo Refit, apontado como maior sonegador de impostos do país.

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