O consumo nos lares cresceu 4,97% em novembro de 2025 na comparação com o mesmo mês de 2024, segundo o monitoramento mensal da Associação Brasileira de Supermercados (Abras). Frente a outubro, o indicador avançou 3,98%.
De acordo com a Abras, a principal mudança observada em novembro foi a recomposição do padrão de consumo, após seis meses de quedas nos preços dos alimentos, em um contexto de mercado de trabalho aquecido e renda em expansão.
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O vice-presidente da entidade, Marcio Milan, afirma que “com maior previsibilidade no orçamento, o consumidor ajustou a composição da cesta de abastecimento do lar, sinalizando uma decisão menos defensiva, em que deixa de priorizar exclusivamente o menor preço e passa a buscar melhor relação custo-benefício, com redução da sensibilidade ao preço no curto prazo”.
No mês, a participação de produtos básicos posicionados na faixa de preço intermediário aumentou 6,5 pontos percentuais, passando de 44,3% para 50,8%, o que representa crescimento relativo de 14,7%.
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Na mercearia, o avanço concentrou-se nos produtos de maior preço, cuja participação subiu de 15,2% para 17,7%, um aumento relativo de 16,4%. Em contrapartida, os itens de menor preço recuaram de 63,4% para 61,8%, queda relativa de 2,5%.
No acumulado de janeiro a novembro a alta chegou a 2,85% acima da projeção do setor para o ano de 2,70%. Os dados são deflacionados pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) e consideram todos os formatos de supermercados.
Segundo o relatório, o desempenho do consumo ocorreu em um cenário macroeconômico favorável. A taxa de desemprego ficou em 5,4% no trimestre encerrado em outubro, o menor nível da série histórica iniciada em 2012. O rendimento real habitual alcançou R$ 3.528, recorde da série, com crescimento de 3,9% em 12 meses. A massa de rendimento real somou R$ 357,3 bilhões, também em nível recorde, com alta anual de 5,0%, o equivalente a R$ 16,9 bilhões adicionais.
*Estagiário sob a supervisão de
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