"Sensação de coerção "

Ex-nadador francês acusado de estupro de menor reconhece 'materialidade dos fatos'

Em 2016, a vítima, Naome Horter, filha de seu então treinador Lionel Horter, tinha 13 anos, e o nadador, 24

Agência France-Presse
postado em 13/12/2021 12:05
 (crédito:  GABRIEL BOUYS / AFP)
(crédito: GABRIEL BOUYS / AFP)

Mulhouse, França- Acusado de estupro e de agressão sexual contra uma menor de 15 anos, o ex-campeão olímpico francês de natação Yannick Agnel "reconhece a materialidade dos fatos", declarou a promotora de Mulhouse (nordeste da França), Edwige Roux-Morizot, em entrevista coletiva.

Yannick Agnel disse não ter "a sensação de que tenha havido coerção", afirmou a promotora, mas que, "se os fatos são constitutivos de estupro, ou de agressão sexual, é porque há uma diferença significativa de idade".

Na época dos fatos, em 2016, a vítima, Naome Horter, filha de seu então treinador Lionel Horter, tinha 13 anos, e o nadador, 24.

A promotora lembrou que a lei na França proíbe qualquer relação sexual entre um adulto e um menor de 15 anos, mesmo se este último der seu consentimento.

Também disse que "a personalidade" de Yannick Agnel "poderia ter sido um fator". "É um campeão, que tinha uma personalidade forte", afirmou.

Os fatos teriam ocorrido "ao longo de 2016" em Mulhouse, a cidade na qual treinava, mas "também no exterior, na Tailândia (onde o clube Mulhouse Olympic Natation vai para treinar com frequência) ou no Rio de Janeiro", sede dos Jogos Olímpicos de 2016.

A promotora não quis especificar se o entorno do nadador e o da suposta vítima estavam cientes desses fatos.

Apesar da solicitação de prisão provisória apresentada no sábado pela Promotoria, Yannick Agnel foi colocado em liberdade sob vigilância judicial, com diversas proibições.

O ex-nadador está proibido de sair de Paris e seus subúrbios e de viajar para Mulhouse, a menos que seja convocado pelo tribunal, assim como entrar em contato com a família da vítima ou com seu agente Sophie Kamoun.

Também terá que entregar seu passaporte à Justiça.

O advogado do nadador não quis responder às perguntas da AFP.

 

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