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Copa do Mundo 2022: Argentina é a cabeça de chave do grupo C; veja rivais

Na tarde desta sexta-feira (1º/4), em evento realizado em Doha, capital da sede do torneio, a Fifa confirmou o chaveamento dos oito grupos do Mundial de 2022

Marcos Paulo Lima
Danilo Queiroz
Victor Parrini
postado em 01/04/2022 13:51 / atualizado em 12/08/2022 18:17
 (crédito: CARL DE SOUZA / AFP)
(crédito: CARL DE SOUZA / AFP)

Os primeiros passos das seleções em busca do título da Copa do Mundo do Catar estão oficialmente definidos. Na tarde desta sexta-feira (1º/4), em evento realizado em Doha, capital da sede do torneio, a Fifa confirmou o chaveamento dos oito grupos do Mundial de 2022, marcado para ser disputado entre novembro e dezembro. O grupo C da competição terá como cabeça de chave a seleção da Argentina.

A Argentina enfrentará, no primeiro jogo da fase dos grupos, a Arábia Saudita. As outras duas seleções do grupo, que se enfrentarão primeiro, são o México e a Polônia.

Confira quem é quem no Grupo C

» Argentina

Hermanos em grande momento

Campeã da última Copa América e seleção com maior invencibilidade atual no futebol mundial — são 31 partidas consecutivas sem nenhuma derrota —, a Argentina mira o Catar para apagar a péssima impressão deixada na Copa do Mundo de 2018, na Rússia, quando foi eliminada pela futura campeã França após uma fase de grupos de altos e baixos com apenas uma vitória conquistada.

O título continental de 2021, inclusive, tirou um peso de 27 anos sem conquistas importantes das costas dos hermanos. Com status de talentosa, a atual geração também ficou mais leve após vencer o Brasil, em pleno Maracanã, no primeiro triunfo de nomes de peso como Lionel Messi e Ángel Di Maria sob o comando de Lionel Scaloni. A taça da América aproximou ainda mais a torcida da seleção. Nas Eliminatórias, a equipe nadou de braçadas na cola do Brasil e não teve dificuldades de ir para a Copa.

Todo o talento somado ao momento favorável colocam a Argentina como uma das favoritas pelo título no Catar, com possibilidade de conquistar o tricampeonato mundial. Na primeira Copa após a morte do ídolo Diego Maradona, os hermanos têm tudo para dar trabalho. A preparação final, com futuros jogos contra Itália e Brasil, podem qualificar e aumentar ainda mais a confiança argentina para a luta pela taça mais prestigiada do planeta.

Ficha técnica

Este pode ser o time (4-4-2)

Emiliano Martínez;
Montiel, Romero, Otamendi e Acuña;
Paredes, De Pau, Di María e Lo Celso;
Messi e Lautaro Martínez.
Técnico: Lionel Scaloni (Argentina)

Participações em Copas: 22
Melhor campanha: campeão (1978 e 1986)
O cara: Lionel Messi (Paris Saint-Germain), 34 anos

 

» Arábia Saudita

Voltar a passar da primeira fase

A Arábia Saudita foi outra seleção a seguir a tendência de passar sem grandes dificuldades pelas Eliminatórias da Ásia em direção à Copa do Mundo do Catar. A equipe liderou os dois grupos em que esteve durante a seletiva e foi derrotada somente uma vez em 18 partidas. Participação consistente para jogar o torneio pela sexta vez em sua história.

No torneio mundial, as águias verdes costumam ter mais dificuldades. A melhor campanha foi logo na primeira participação, em 1994, quando chegou até as oitavas de final. Nas quatro edições seguintes, não foi além da primeira fase. A disputa em seu continente é uma esperança para fazer mais bonito.

Para isso, o time aposta na experiência do técnico com sangue da última campeã do mundo. O francês Hervé Renard, de larga experiência em seleções de menor expressão do cenário internacional, assumiu a Arábia Saudita em 2019 e comandou o processo de tentar elevar a seleção nacional para fazer bonito na Copa.

Ficha técnica
Este pode ser o time (4-2-3-1)

Moha Al Owais;
Moha Al Burayk, Hassan Al-Tambakti, Abdullah Madu e Yasser Al-Shahrani;
Mohamed Kanno e Sami Al-Najei;
Hattan Babhir, Salman Al Faraj e Salem Al Dawsari;
Firas Al-Buraikan;
Técnico: Hervé Renard (França)

Participações em Copas: 6
Melhor campanha: Oitavas de final (1994)
O cara: Salem Al-Dawsari (Al-Hilal), 30 anos

» México

Potência latina, México disputará a 17ª Copa do Mundo

Quando o assunto é Copa do Mundo, o México é figurinha carimbada nos álbuns do torneio mais importante do futebol. Com a 17ª participação assegurada, os mexicanos aparecem entre os 10 países que mais vezes estiveram presente no Mundial, atrás apenas de Brasil (22), Alemanha (20), Argentina e Itália, ambas com 18 classificações.

A expedição no Catar será guiada pelo técnico argentino Tata Martino. Experiente, ele esteve à frente do Barcelona campeão da Supercopa da Espanha na temporada 2013/14 e depois assumiu a seleção argentina, onde ficou até 2016. No México desde 2019, Martino espera seguir o ritmo dos antecessores e levar o país para além da fase de grupos. Das edições de 1998 até 2018, os mexicanos sempre avançaram da fase de grupos.

Vice-líder das Eliminatórias da Concacaf, o México aposta em talentos que atuam no futebol europeu e em algumas figuras conhecidas, como a do goleiro Ochoa. Quando a bola rolar no Catar, o arqueiro terá completado 37 anos em sua quinta Copa do Mundo, assim como Messi e Cristiano Ronaldo. Assim como Tata Martino, ele auxiliará alguns dos talentos mexicanos, como o meia Héctor Herrera, do Ajax, e o atacante Hirving Lozano, do Napoli.

Ficha técnica
Este pode ser o time (4-3-3)

Ochoa;
Jorge Sánchez, Johan, Vásquez, Gerardo Arteaga e César Montes;
Edson Álvarez, Carlos Rodríguez e Héctor Herrera;
Raúl Jiménez, Jesús Corona e Hirving Lozano.
Técnico: Tata Martino (Argentina)

Participações em Copas: 17
Melhor campanha: Quartas de final (1970 e 1986)
O cara: Hirving Lozano (Napoli), 26 anos

» Polônia

Paulo Sousa a trocou pelo Flamengo

Uma “nação” chamada Clube de Regatas do Flamengo, com 40 milhões de torcedores, provocou uma crise diplomática ao arrancar do país europeu o técnico português Paulo Sousa antes do início da repescagem das Eliminatórias para a Copa do Mundo. Irritou o presidente da federação e fez até o jogador eleito duas vezes melhor do mundo, Robert Lewandowski, manifestar publicamente sua decepção com a decisão do treinador.

Mesmo abalada pela mudança repentina, a Polônia teve força para superar a Suécia no mata-mata e deixar o badalado Zlatan Ibrahimovic fora da Copa do Mundo. Anfitriã da Euro em 2012 ao lado da Ucrânia, a Polônia se planejou para usar o legado como triunfo para disputar duas edições consecutivas do Mundial — o que não acontecia desde 2002 e 2006.

O sucesso recente tem a ver, inegavelmente, com o desempenho de Lewandowski. O atacante é o diferencial de uma seleção limitada, mas minimamente competitiva. O drama é que não para viver somente dele. A Polônia terminou a fase de grupos da Eurocopa em último lugar, atrás de Eslováquia, Espanha e Suécia.

A campanha nas Eliminatórias teve um concorrente duríssimo, a Inglaterra, Assim, a briga por uma oportunidade na repescagem ficou contra Albânia e Hungria. A solução para se diferenciar foi atropelar Andorra e San Marino e fazer saldo de gols.

Ficha técnica
Este pode ser o time (4-1-4-1)

Szczesny;
Cash, Glik, Bednarek e Bereszynski;
Bielik;
Zielinski, Gotalski, Moder e Szymanski;
Lewandowski.
Técnico: Czesaw Michniewicz (Polônia)

Participações em Copas: 9
Melhor campanha: terceiro lugar (1974 e 1982)
O cara: Robert Lewandowki (Bayern de Munique), 33 anos

 

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